Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Novas imagens mostram encontro entre vítima e suspeito de abuso em boate no Rio; veja

    CNN teve acesso com exclusividade a vídeos de câmeras que flagraram desde o momento em que a mulher conhece o homem até a hora que ela vai embora do estabelecimento

    Isabelle Salemeda CNN

    A CNN teve acesso, com exclusividade, às imagens que mostram desde o momento em que a uruguaia que denunciou um estupro coletivo em uma boate no Rio de Janeiro conhece um brasileiro até a hora em que ela vai embora da casa noturna, localizada na Lapa, na região central da capital fluminense.

    Veja o vídeo:

    Na sexta-feira (12), após 11 dias de investigação, a Polícia Civil concluiu que não houve estupro coletivo. Cinco pessoas chegaram a ser investigadas. Depois de ouvir testemunhas e analisar câmeras de segurança do estabelecimento, a Delegacia de Atendimento à Mulher abriu inquérito apenas contra o rapaz com quem a jovem alegava ter tido uma relação consentida.

    Isso porque o laudo toxicológico do Instituto Médico Legal (IML) mostrou que a vítima havia feito uso de drogas, não sendo capaz de discernir sobre o consentimento para o ato. Já o corpo de delito confirmou que houve relação sexual. A polícia pediu a prisão do rapaz por estupro de vulnerável.

    Nas novas imagens, é possível ver que os dois se encontram pela primeira vez às 3h51 do dia 31 de março. Eles se abraçam e ficam conversando por um tempo. Cerca de 15 minutos depois, passam de mãos dadas pelo corredor entre a área externa e o palco da pista do primeiro andar da casa noturna. Depois, os jovens vão para o segundo andar do estabelecimento.

    Às 4h06, a uruguaia entra de mãos dadas com o rapaz no corredor que leva ao banheiro e ao dark room, uma sala para encontro de casais. À Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a moça disse que aceitou ir ao espaço mais reservado e que a relação sexual que teve com o rapaz foi consentida, mas que depois, teria sido abusada por um número de homens que não saberia precisar, uma vez que perdeu a consciência.

    O circuito interno mostrou que 27 minutos depois de entrarem, os dois saem juntos do dark room. Eles descem para o primeiro piso e passam pela câmera em frente à entrada, até que se separam: ele para em frente aos amigos, no bar da pista principal, enquanto ela continua em direção à área externa da boate.

    Poucos minutos depois, a vítima vai até a amiga, mexe na bolsa e elas conversam por alguns segundos antes de irem em direção ao corredor da área externa. Na sequência, param em frente à chapelaria e a amiga mexe no telefone, possivelmente fazendo ligações.

    Depois, uma funcionária oferece uma cadeira à estrangeira, que parece nervosa. Seguranças são acionados e a moça é levada, momentos mais tarde, à sala da gerência.

    Lá, a CNN mostrou, também com exclusividade, que, muito nervosa, a vítima contou que teve o celular furtado. O rapaz com quem ela se relacionou é encontrado pelos seguranças. No meio da conversa sobre o sumiço do telefone, surge o questionamento sobre um possível abuso. A vítima afirma, então, que a relação que os dois tiveram foi consensual. No entanto, ela conta que teria sido tocada por outras pessoas durante o tempo que esteve na sala escura.

    O jovem é liberado após a moça afirmar que consentiu a relação. E os seguranças conduzem a moça até a saída da boate para prestar queixa do furto do celular. Já na rua, desiste do registro. A denúncia de abuso foi feita dois dias depois.

    A uruguaia já está de volta ao país de origem. Em nota, a boate Portal Club informou que assim que tomou conhecimento do caso, prestou apoio à vítima, encaminhando-a à sala da gerência, onde recebeu o suporte necessário. “Nós, do Portal Club Rio, desejamos que os verdadeiros culpados sejam processados e julgados nos rigores da lei”, escreveram os responsáveis pela casa noturna.

    Tópicos