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    Nova operação do MPSP mira grupo ligado ao PCC suspeito de fraudes em licitações

    Segundo investigações, contratos somam mais de R$ 200 milhões; mandados incluem prisão cautelar de agentes públicos

    Carolina Figueiredoda CNN , Em São Paulo

    O Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e com o apoio da Polícia Militar, deflagrou na manhã desta terça-feira (16) a Operação Muditia, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso que seria ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e é investigado por fraudes em licitações públicas em várias cidades do estado.

    Os agentes cumprem 15 mandados de prisão temporária e 42 de busca e apreensão. As ordens judiciais, expedidas pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos, incluem prisão cautelar de agentes públicos, como três vereadores de cidades do Alto Tietê e do litoral paulista. A identidade dos agentes não foi divulgada.

    De acordo com os investigadores, as empresas alvos atuavam de forma recorrente para frustrar a competição nos processos de contratação de mão de obra terceirizada em diversas prefeituras e Câmaras Municipais do estado.

    Os contratos firmados somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações e na divisão dos valores obtidos ilicitamente.

    Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri, Itatiba e outros municípios têm contratos sob análise.

    Segundo a promotoria, havia simulação de concorrência com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico. Também há indicação de corrupção de agentes públicos e políticos — secretários, procuradores, presidentes de Câmara de Vereadores e pregoeiros. Diversos outros crimes, como fraudes documentais e lavagem de dinheiro, também são investigados.

    Participam da operação 27 promotores, 22 servidores e 200 policiais militares.

    A CNN entrou em contato com as prefeituras de todos os municípios citados pelo Ministério Público. O espaço segue aberto para manifestações.

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