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    “Nós queremos justiça”, diz avó de criança esquecida em van

    Apollo Rodrigues, de dois anos, foi deixado em uma van trancada; socorrido para um hospital, ele não resistiu

    Felipe Andradeda CNN

    A família do menino Apollo Rodrigues, de dois anos de idade, que morreu após ser esquecido em uma van escolar na zona norte de São Paulo considera um ato de irresponsabilidade o fato da criança ter sido deixada no veículo. O casal responsável pela van foi preso.

    A avó do menino, Luzinete Rodrigues dos Santos, diz que só foi avisada sobre o problema com o neto após ser avisada pelo hospital para onde Apollo foi levado. “Eles não tiveram culpa, mas foi irresponsabilidade”.

    Ainda na frente da delegacia onde o caso foi registrado, a avó fala ainda sobre o descuido que causou a morte da criança. “Deixou a perua no estacionamento, num calor terrível como hoje. Só foi perceber na hora de entregar as crianças”.

    A avó ainda estranhou o fato de não ter recebido nenhum comunicado da escola sobre a ausência do neto, que foi deixado com o serviço da van, mas não foi entregue na creche. De acordo com ela, era prática comum da escola e da família manter contato quando a criança não ia para a escola. “A coordenadora sempre perguntava quando ele não ia. E eu também sempre avisava. Não sei por que dessa vez não perguntaram”.

    Apollo começou a ir para a creche Caminhar é Preciso I neste ano, após a mãe conseguir um emprego, segundo a avó. Ele utilizava uma van escolar vinculada ao serviço de Transporte Escolar Gratuito (TEG), da Prefeitura de São Paulo.

    Em nota, a prefeitura informou que o veículo já foi descredenciado do Transporte Escolar Gratuito e um processo administrativo foi aberto para apurar os fatos. Leia a nota na íntegra:

    “A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), lamenta profundamente o ocorrido e presta todo o apoio necessário aos familiares. A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família. Um Boletim de Ocorrência foi registrado e a Diretoria Regional de Educação (DRE) está à disposição das autoridades competentes para auxiliar na investigação. O condutor do Transporte Escolar Gratuito (TEG) já foi descredenciado e um processo administrativo foi aberto para apurar os fatos.”

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