Protesto de ambulantes em praia tem efeito contrário e viraliza; entenda
Polêmica começou com reclamação sobre falta de espaço por causa da ocupação exagerada da faixa de areia por cadeiras e sombreiros de barraqueiros em Salvador


Uma das praias mais famosas de Salvador, o Porto da Barra, já foi considerada uma das melhores do mundo e nos últimos dias tem sido palco de uma polêmica.
Na última terça-feira (28), os ambulantes que trabalham na faixa de areia alugando sombreiros e cadeiras realizaram um protesto contra o aumento de fiscalização da prefeitura, mas o efeito acabou voltando contra os próprios trabalhadores e viralizou nas redes sociais.
A praia amanheceu sem os kits espalhados no local. No entanto, o público apoiou a ideia. Em algumas publicações nas redes chegaram a escrever: “vamos protestar para que eles continuem o protesto”.
Os barraqueiros tiraram as barracas do porto da barra pra fazer protesto e a praia a ficou simplesmente perfeita sem aquela poluição visual, espero que o protesto dure bastante. pic.twitter.com/bsPweKoooO
— El Modesto Prazeres (@icaroprazeres90) January 28, 2025
Veja o antes e depois:
Antes:

Depois:

Até o cantor Caetano Veloso foi flagrado com apenas uma canga na areia livre curtindo um pôr do sol na praia favorita dele na capital baiana.
Entenda o caso
Há uma semana circulou também, na internet, um vídeo com desabafo sobre a falta de espaço na faixa de areia, com a ocupação exagerada desses kits na praia, mesmo sem a demanda de clientes.
Segundo o relato, a situação dificulta a permanência no local de banhistas que não têm condições de pagar ou simplesmente não quer aderir ao aluguel de sombreiros e cadeiras.
Após uma reunião da Secretaria Municipal de Ordem Pública, ficou determinado que cada ambulante tem direito a 10 sombreiros e 30 cadeiras e só poderá colocar o kit na areia da praia após pedido dos banhistas –o que não estava acontecendo e tinha barraqueiro utilizando até o dobro do permitido.
Na praia do Porto da Barra, são 35 ambulantes, o que corresponde a 350 sombreiros e 1.050 cadeiras no total. O valor pode ser negociado com o cliente, mas quem se sentir lesado, pode procurar um dos fiscais no local, segundo a secretaria.