No Rio, empresários pedem flexibilização, mas Paes descarta alteração no decreto
Representantes de bares e restaurantes criticam a decisão do prefeito
Apesar dos pedidos de flexibilização feitos por representantes de bares e restaurantes, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, descartou alterar o decreto com medidas restritivas contra a Covid-19 na capital fluminense neste primeiro momento. A decisão aconteceu na noite desta quinta-feira (4) após uma reunião com um grupo de vereadores.
A permanência de pessoas nas ruas e praças públicas da cidade entre 23h e 5h passa a ficar proibida, de acordo com o decreto publicado em Diário oficial pela prefeitura. Todavia, a mudança nos horários de funcionamento de estabelecimentos foi a determinação que mais causou controvérsia.
A possível flexibilização no decreto foi discutida após um encontro do prefeito do Rio com representantes de bares e restaurantes da cidade, que afirmam ter sido “pegos de surpresa” com a o fechamento dos estabelecimentos a partir das 17h, para atendimento presencial, durante uma semana.
O Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio (SindRio) exige o funcionamento dos estabelecimentos até as 23h. À CNN, o presidente do SindRio, Fernando Blower, afirmou que a medida precisa ser flexibilizada “o quanto antes”. De acordo com ele, a nova norma imposto sem aviso prévio vai inviabilizar o funcionamento de muitos negócios do segmento.
O decreto da prefeitura busca prevenir um futuro aumento de casos de Covid-19 na cidade e, consequentemente, um colapso na rede de saúde da cidade, após o Brasil registrar diversas regiões em viés de alta no nível de contaminação. Atualmente, a taxa de ocupação de leitos é de 78% no Rio de Janeiro.
Indagado sobre a manutenção do decreto, o SindRio afirmou à CNN que ainda não foi notificado oficialmente pela prefeitura da cidade.