“Não sou coveiro”, diz Bolsonaro ao ser questionado por mortes por COVID-19
Em conversa com jornalistas na chegada ao Palácio do Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não quis fazer comentários sobre as mortes por coronavírus desta segunda-feira. Ao ser questionado sobre então recorde de mortes anunciado pelo Ministério da Saúde, que depois foi retificado por um erro de digitação, o presidente disse que “não era coveiro” e logo mudou de assunto.
Bolsonaro também comentou que está em contato com o ministro da Saúde, Nelson Teich, sobre a formação da nova equipe da pasta. A respeito de eventuais indicações de nomes para o novo ministro, o presidente afirmou que só teria um nome para sugerir, mas afirmou ter poder de veto, caso não concorde com alguma sugestão de Teich.
Referente às medidas para flexibilizar a quarentena, Bolsonaro afirmou que o ministro irá analisar os números antes de decidir.
“O nosso prezado ministro (da Saúde) também é economista. Coincidência ou não, é um bom nome para estar à frente”, disse o presidente.
Também confirmou que Teich está com um estudo sobre a utilização de drogas, como a hidroxicoloroquina, para reduzir os impactos do coronavírus. Bolsonaro reiterou que 70% da população pegará o vírus. “Não adianta fugir dessa realidade. Ninguém contesta isso”, disse.
Abertura de escolas e nova MP
Bolsoanro afirmou que quer reabrir os colégios militares em Brasília na próxima segunda-feira. Segundo o presidente, houve uma conversa entre ele e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB-DF), que também teria dado sinais para o presidente que reabriria as escolas sob seu comando.
O presidente também confirmou que a decisão de revogar a Medida Provisória do Contrato Verde Amarelo foi causada por uma provável derrota no Senado e que deve editar um novo texto, com a sugestão do próprio presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O presidente confirmou que existirão algumas alterações, já que não é possível reeditar a mesma medida, mas não entrou em detalhes.