Não sabemos pra que lado pode tombar, diz bombeiro sobre prédio na 25 de Março
Por risco de desabamento, equipes trabalham com distanciamento do local para tentar apagar últimos focos de incêndio iniciado no domingo (10)
Os bombeiros seguem, nesta quarta-feira (13), no combate aos últimos focos de incêndio em um prédio na região da rua 25 de Março, no centro de São Paulo.
Desde terça (12), o trabalho de combate às chamas vem sendo realizado com distanciamento pelas autoridades devido ao risco de desabamento da estrutura, no número 95 da rua Barão de Duprat, no bairro da Sé, onde o fogo começou há praticamente 60 horas, no domingo (10).
Em conversa com repórteres no local, nesta quarta (13), o capitão Maycon Cristo, do Corpo de Bombeiros, explicou que a região inteira está isolada porque não se sabe como será o desabamento caso aconteça.
“O prédio que ainda está em chamas tem o risco de colapsar. Quando e se ele colapsar, a gente não sabe como ele vai se comportar. Se ele vai tombar, para qual lado vai tombar. Por isso essa precaução na área que ele possivelmente atingiria em caso de colapso”, afirmou o capitão.
“Os engenheiros estudaram os possíveis riscos e modelos de colapso dessa estrutura, e entenderam que essas edificações se encontram em uma área que poderia ser atingida em caso de colapso”, explicou o bombeiro.
Diante do risco de colapso, os bombeiros precisaram abandonar o prédio, onde estavam realizando o trabalho de rescaldo para procurar pequenos focos de fogo e assim extinguir totalmente o incêndio.
“A gente tem a orientação para não fazer o combate interno, estamos combatendo a parte externa da edificação. Isso retarda um pouco o término do incêndio. A gente não consegue in loco revirar aquilo que tá queimando e conseguir extinguir ali”, comentar o capitão Maycon Cristo.
Ele explicou que os bombeiros estão utilizando água e espuma para combater as últimas chamas e abaixar a temperatura do local.
A partir desta quarta-feira (13), a chegada de uma frente fria formada no Sul do país deve abaixar as temperaturas em São Paulo e possivelmente provocar chuvas.
“Uma chuva calma, tranquila, ajudaria no resfriamento do prédio. Se começar a chover com tempestade e vento atrapalharia bastante os trabalhos”, comentou Cristo.
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