‘Não movimentava nada do pescoço pra baixo’, diz vítima de sequelas da Covid-19
Uma tetraplegia temporária. Essa foi a sequela que a dentista Raquel Trevisi, 39 anos, levou ao sair da UTI em setembro do ano passado, depois de 30 dias internada em tratamento da Covid-19. “Eu não me movimentava nada do pescoço pra baixo”, recorda. Ainda hoje, Raquel conta com a ajuda de fisioterapeutas, nutricionistas e outros profissionais para reaprender a se movimentar.
A dentista faz parte de uma estatística cada vez maior de pacientes com Síndrome Pós-Covid — ou simplesmente com sequelas deixadas pela Covid-19. Os sintomas vão desde dificuldades locomotoras, como as de Raquel, até doenças mentais como ansiedade e insônia. Um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, também apontou uma taxa de mortalidade de 7% entre pacientes que foram internados com a Covid-19 nos dois meses seguintes à alta.
Neste episódio do E Tem Mais, Monalisa Perrone discute o que se sabe até agora sobre as sequelas deixadas pela Covid-19. Para isso, conversa com a neuropsicóloga Lívia Valentin, líder de uma pesquisa que foca no diagnóstico e reabilitação de pacientes no pós-Covid. Valentin explica quais são os tipos de sequelas mais comuns e se existe um perfil de paciente mais suscetível a elas. Elas também falam sobre o tratamento desses pacientes em um momento de colapso no sistema de saúde. Por fim, também participa do episódio a dentista Raquel Trevisi, diagnosticada com uma tetraplegia temporária depois de passar 30 dias hospitalizada em tratamento da Covid-19.
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