“Não compactuamos”, diz secretário da PM do RJ sobre sargento preso com cocaína
Coronel Henrique Pires destaca que prisão de sargento da PM com 151 kg de cocaína durante operação é lamentável; corregedoria investiga o caso
O secretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Luiz Henrique Pires, falou, nesta terça-feira (10), sobre a prisão do sargento da Polícia Militar, Yuri Luiz Desiderati Ribeiro, de 36 anos.
O PM foi flagrado, na segunda-feira (9), fazendo a escolta de um caminhão com 151 kg de cocaína na Avenida Brasil, na altura de Cordovil, na zona norte do Rio. O policial atuaria para traficantes.
Veja: Polícia encontra corpos de suspeitos de executar médicos no Rio
“É um fato lamentável. A gente não compactua com isso. A Corregedoria da PM já está investigando o caso. As providências estão sendo adotadas da nossa parte”, destacou o secretário.
O sargento da Polícia Militar era lotado no 21º Batalhão, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Por meio de nota, a PM informou que ele foi levado para a Unidade Prisional da PM.
“A corporação reitera que não aceita desvios de conduta por parte dos seus entes, punindo os mesmos a rigor da lei”, diz um trecho da nota.
Pelo segundo dia consecutivo, cerca de mil agentes da forças estaduais de segurança do Rio de Janeiro estão nas ruas para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes de facções criminosas.
Nesta terça-feira (10), as ações estão concentradas no Complexo da Maré, na zona norte e na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio.
De acordo com a polícia, uma força-tarefa também foi montada no Complexo da Pedreira, na zona norte da cidade, para identificar os responsáveis por arremessar uma granada em um ônibus nas proximidades da Avenida Brasil.
O caso ocorreu em setembro e deixou três pessoas feridas. Até o momento, um suspeito foi preso.
No primeiro dia de megaoperação contra o crime, dos 100 mandados de prisão expedidos, apenas seis foram cumpridos. O secretário da Polícia Civil, José Renato Torres, disse que não houve falha no planejamento.
“O crime é dinâmico. A informação circula muito rápido na era da internet. Então, os criminosos estão migrando para outras comunidades. E agora estamos tentando localizá-los”, destacou o secretário.