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    Museu Nacional lança campanha de doação e prevê abertura de área externa em 2022

    Diretor do museu reforça importância de contribuições e parcerias nacionais e internacionais para que espaço possa reabrir com acervos históricos

    Beatriz Puente e Iuri Corsinida CNN , Rio de Janeiro

    Três anos após o incêndio de grandes proporções que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, a direção da instituição e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) promoveram uma coletiva virtual nesta quinta-feira (2) para anunciar um pacote com novidades, prazos, ações e financiamentos para a reconstrução do local. Foi lançada oficialmente campanha para recomposição do acervo e uma Declaração de Compromisso para a Recomposição das Coleções do Museu Nacional.

    O custo estimado para a recuperação é de R$ 380 milhões e a reabertura total da instituição está prevista, por enquanto, para 2026. Até o momento, no entanto, a verba para revitalização do local ainda não foi atingida. Faltam cerca de R$ 150 milhões para se chegar ao valor pretendido.

    Segundo o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, é extremamente importante que haja iniciativas em prol da recomposição do acervo que, segundo ele, é a razão de ser do museu.

    Temos total consciência de que não teremos sucesso sem a intensa colaboração nacional e internacional. Precisamos de exemplares de animais e plantas, de fósseis e minerais, objetos etnográficos, históricos, arqueológicos e tantos outros”

    Alexandre Kellner, diretor do Museu Nacional

    Kellner disse ainda que as exposições permanentes ficarão em espaço de 5,5 mil m² e serão necessárias 10 mil peças que vão ser apresentadas ao longo de quatro circuitos expositivos.

    A gestão do museu também informou que, para marcar a celebração do Bicentenário da Independência, o Jardim das Princesas (na área externa do palácio) e ao menos parte da fachada e do telhado do bloco 1 serão abertos ao público em setembro de 2022.

    Algumas doações já foram anunciadas, como a coleção etnográfica africana do pesquisador Wilson Savino, a doação do diplomata aposentado do Itamaraty Fernando Cacciatore, que doou 27 peças Greco-Romanas do Indígena Tonico Benites com Coleção Etnográfica Indígena, do músico Nando Reis, que doou Coleção de Moluscos, dentre outras diversas doações de objetos de diferentes culturas. A ideia, segundo Kellner, é recompor os quatro circuitos expositivos do Museu Nacional/UFRJ: Histórico (1.000 peças), Universo e Vida (4.500 peças), Diversidade Cultural (2.500 peças) e Ambientes Brasileiros (2.000 peças).

    Do acervo original, a maior parte das peças que resistiram fazia parte da coleção de meteorítica. Entre elas, o meteorito do Bendegó, o maior já encontrado no Brasil, com 5,3 toneladas e localizado no sertão da Bahia em 1784.

    O Museu Nacional é considerado o maior museu de história natural da América Latina. O local tinha um acervo de 20 milhões de itens, como fósseis, múmias, peças indígenas e livros raros. Em 2018, o Museu Nacional foi destruído por um incêndio causado por um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado. O fogo se alastrou rapidamente e destruiu grande parte do acervo, que contava com peças nacionais e internacionais.

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