Mulheres violentadas receberão celular para acompanhar movimentação de agressores
As vítimas terão acesso a aplicativo interligado a tornoleizeras presas aos agressores; no total, 2 mil tornozeleiras serão distribuídas no Rio Grande do Sul
Agressores de mulheres que cumprem medidas protetivas da Lei Maria da Penha serão monitorados por tornozeleiras eletrônicas no Rio Grande do Sul. A iniciativa terá início em Porto Alegre e também na cidade de Canoas, região metropolitana, mas o objetivo é estender o projeto para todo estado.
As vítimas receberão um celular com aplicativo interligado ao aparelho usado pelo agressor. Em caso de aproximação à vítima, o celular emite um alerta.
Caso o agressor ultrapasse o limite estabelecido por medida protetiva, o celular mostrará um mapa em tempo real e também será emitido um alerta para central de monitoramento.
Equipes da Patrulha Maria da Penha ou outra Guarnição Militar mais próxima serão acionadas para deslocamento ao local onde está a vítima. O aplicativo também pode ser cadastrado em celulares de familiares e amigos das mulheres.
No total, o projeto prevê 2 mil tornozeleiras eletrônicas. Os equipamentos foram adquiridos da empresa suíça Geosatis. O valor total para implantação da iniciativa é de R$ 4,2 milhões.
A tornozeleira tem carregamento portátil que garante carga completa de bateria em 90 minutos. A duração dessa carga é de 24 horas.
No início desta semana, 95 operadores integrantes da Polícia Civil, do Comando de Policiamento de Canoas e do Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) começaram treinamento para atuação específica nesses casos. O aprimoramento segue até o dia 11 de fevereiro.
Depois dos testes técnicos, o projeto entra em execução, com previsão de início para março deste ano.