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    Mulher que ofendeu atendentes de mercado e agrediu policial vira ré

    Rita Aparecida Longhini foi presa em flagrante após ofender policial e dar tapa no rosto de agente

    Rafael Saldanhada CNN

    A mulher, de 52 anos, que cometeu injúria racial contra atendentes de um mercado e agrediu um policial militar no rosto, em Perdizes, na zona Oeste de São Paulo, tornou-se ré nesta terça-feira (13).

    A artista plástica Rita Aparecida Longhini foi presa em flagrante após ofender um PM e dar um tapa na cara do agente. O caso ocorreu no último dia 31 de julho. A 27⁠ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de SP aceitou a denúncia do Ministério Público, enviada na última sexta-feira (9). Rita continua presa.

    A juíza responsável pelo caso, Sirley Claus Prado Tonello, concluiu que “há provas da materialidade delitiva e indícios suficientes” para que ela responda por um processo. Antes de agredir o policial, ela estava em uma unidade da rede de mercados Oxxo, quando ofendeu duas funcionárias com injúria racial, quebrou mercadorias e tentou agredir as atendentes. 

    A ré se dizia filha de policiais federais e afirmou que uma das colaboradoras do estabelecimento, que são negras, era traficante de drogas e que ela não queria “gente desse tipo morando no bairro”.

    Veja o momento em que a mulher realiza as ofensas.

    A defesa de Rita Longhini lamentou o ocorrido e disse que a ré já foi diagnosticada com um quadro de transtorno mental.

    Uma das condições relatadas é o Transtorno de Borderline de Personalidade. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, Borderline é caracterizada por instabilidade no humor e no comportamento, com sintomas de insegurança, impulsividade e prejuízo nas relações sociais.

    Segundo o representante legal Bruno Ortega, ela é paciente psiquiátrica e faz uso de medicamentos controlados.

    O advogado informou que a defesa solicitou que Rita respondesse pelo processo em liberdade, mas o pedido foi negado pela Justiça.

    Relembre o caso

    Após ofender as funcionárias do Oxxo, a mulher voltou ao prédio onde mora, a cerca de 100 metros da loja.

    A Polícia Militar foi acionada e solicitou que a suspeita descesse até a portaria. Ao descer, a mulher disse que estava sangrando e, ao ouvir do policial que iria ser levada para a delegacia, passou a ofendê-lo.

    Durante a discussão, Rita vira de costas para tentar ir embora e o PM tenta segurá-la, momento em que ela vira e dá um tapa na cara do agente. O policial derruba a mulher no chão e a imobiliza. Assista no vídeo. 

    O agente acionou reforços, oito viaturas foram ao local e a mulher foi presa em flagrante.

    O caso havia sido registrado no 21° DP (Ceasa) como injúria racial, injúria, resistência e desacato.

    A rede Oxxo informou, em nota, que acionou imediatamente as autoridades competentes e que prestou todo o suporte aos colaboradores envolvidos.

    As funcionárias do mercado, que foram vítimas, pediram a transferência de unidade, porque ficaram com medo da mulher ser solta e voltar ao local, já que é vizinha da loja.

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