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    “Muitas pessoas estão nos procurando para ajudar”, diz médica que atua em Petrópolis

    Em entrevista à CNN, Julia Morelli Rosas contou que voluntários devem primeiramente procurar as autoridades para que colaboração seja coordenada e não atrapalhe os trabalhos

    Léo LopesLayane SerranoLudmila Candalda CNN , em São Paulo

    Nesta segunda-feira (21), a Polícia Civil fluminense iniciou um mutirão de coleta de DNA para identificar e localizar as vítimas das chuvas em Petrópolis, nas região serrana do Rio de Janeiro.

    Até o momento, pelo menos 171 pessoas morreram desde que fortes temporais atingiram o município no dia 15 de fevereiro. 

    Um grupo de médicos de família também tem trabalhado nos pontos de apoio atendendo os desabrigados fazendo censo, distribuição de medicamentos, tratando as intercorrências e fazendo o acolhimento.

    Em entrevista à CNN, a diretora da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Julia Morelli Rosas, relatou que muitas pessoas estão indo até as áreas afetadas para tentar ajudar nos trabalhos de socorro.

    “Estamos vivenciando um problema inusitado que é a quantidade de pessoas querendo ajudar. Isso vem atrapalhando um pouco o deslocamento das equipes. Até a chegada dos profissionais que já estão escalados pela Secretaria de Saúde para o trabalho na região”, contou.

    Ela comenta que a cidade de Petrópolis tem uma quantidade boa de profissionais de saúde, inclusive pela presença de universidade

    “A gente vem pedindo que as pessoas primeiro se direcionem à Secretaria de Saúde e ao gabinete de crise para se colocarem disponíveis para que, de forma coordenada, possam contribuir ativamente”, acrescentou.

    A médica relatou que nos primeiros dias o trabalho feito estava mais focado em acalmar as vítimas e tratar dos ferimentos provocados pelos desabamentos e deslizamentos de terra.

    Nesse momento, os profissionais da saúde estão com os trabalhos focados nos abrigos, por exemplo, garantindo que as pessoas com doenças crônicas que perderam seus pertences não deixem de se tratar.

    “Fizemos toda uma ação de organização dos medicamentos e receitas dessas pessoas”, conta.

    “Essa situação toda abala bastante. O que a gente vem tentando fazer é minimizar, dirimir um pouco essa condição através do cuidado direto e do monitoramento das doenças crônicas que elas já têm”, concluiu.

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