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    MST invade mais uma fazenda no interior da Bahia

    Nas redes sociais, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra disse que ocupou até esta terça-feira (14) uma área abandonada no município de Macajuba; no início do mês, propriedades da Suzano foram invadidas

    CNN

    O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou que invadiu outra fazenda no interior da Bahia na madrugada do último domingo (12). A ocupação durou até esta terça-feira (14). No final de fevereiro, o Movimento ocupou três propriedades da empresa Suzano no estado.

    De acordo com publicação nas redes sociais do MST, cerca de 170 famílias tomaram a “Fazenda Recreio”, que abrange uma área de 1.400 hectares no município de Macajuba, na Chapada Diamantina, a cerca de 300 km de Salvador.

    O MST alega que a fazenda é improdutiva e está abandonada há anos sem cumprir sua função social. “Defendemos o direito à terra, a produção de alimentos saudáveis e comida na mesa do povo”, declarou a dirigente do MST na Chapada Diamantina, Simone Souza.

    O neto do proprietário da fazenda, Bruno Oliveira de Carvalho, disse à CNN que as terras fazem parte de um inventário e que não ocorreu nenhuma confusão até a retirada das famílias.

    A Polícia Militar da Bahia (PMBA) informou à CNN, em nota, que policiais do 11º BPM atenderam a uma ocorrência “com a informação de que um grupo de pessoas teria invadido uma propriedade rural no município de Macajuba”.

    “Policiais do 11º BPM, da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT)/Rondesp Chapada e da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Chapada reforçam o policiamento na região”, concluiu a PMBA.

    MST desocupou propriedades da Suzano na Bahia no início do mês

    No início de março, a Suzano informou à CNN que o MST desocupou todas as propriedades da fabricante de papel de celulose nos municípios de Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas.

    Ainda segundo informou a Suzano, a empresa agora faz uma apuração dos prejuízos causados. Os terrenos tinham sido invadido na madrugada do dia 27 de fevereiro.

    Ocupação do MST em fazendas da Suzano no sul da Bahia / Reprodução/Instagram

    O MST alegava que o ato era “uma denúncia contra a monocultura de eucalipto na região, que vem crescendo nas últimas décadas. E o uso de agrotóxicos pela empresa, que prejudica as poucas áreas cultivadas pelas famílias camponesas e o êxodo rural provocado pela monocultura do eucalipto na região.”

    A Suzano afirmou que as ações “violam o direito à propriedade privada” e disse que cumpre integralmente as legislações ambientais e trabalhistas nas áreas onde mantém atividades de trabalho.

    A saída dos locais, em cumprimento à decisão da Justiça, ocorreu de forma pacífica e organizada. A Suzano já havia conseguido na Justiça três liminares a seu favor.

    Publicado por Léo Lopes, com informações de Gabriele Koga, Manela Carlucci e Thais Magalhães

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