MS: cuidadora acusada de torturar bebês em creche volta para a cadeia
Cuidadora foi presa pela primeira vez no início do mês, mas foi libertada após pagamento de fiança
Suspeita de torturar bebês em uma creche em Mato Grosso do Sul, a cuidadora Mariana de Araújo foi presa na última quinta-feira (27) em Ivinhema, no interior do estado.
Ela trabalhava na creche Cantinho da Tia Carol e, juntamente com a proprietária do local, Caroline dos Reis, é suspeita de dopar e torturar crianças dentro do estabelecimento.
As autoridades verificaram que o estabelecimento se autodenominava creche, mas não tinha registro para atuar como instituição de ensino nem possuía alvará de funcionamento.
Mariana foi presa em flagrante em 10 de julho sob acusação de dar medicamentos a um bebê para que ele dormisse, sem ter prescrição médica nem autorização dos pais.
Por não haver elementos de participação efetiva de Mariana nas agressões praticadas contra as crianças, ela chegou a ter liberdade provisória concedida após pagamento de fiança.
Durante as investigações, a Polícia Civil afirmou ter obtido novos indícios em que foi possível vincular a cuidadora aos atos de agressões físicas e verbais contra as crianças. A defesa de Mariana de Araújo afirmou que sua cliente jamais agrediu alguém e que não há relato de agressão por parte dela. Segundo os advogados Paulo Donati e Sinval Nunes de Paula, Mariana precisou mudar de endereço após sofrer ameaças.
A proprietária da creche está presa desde o dia 10 de julho pelos crimes de tortura e maus tratos aos alunos. Em nota, Caroline dos Reis afirmou que não agrediu nenhuma criança e não ministrou remédios sem o conhecimento dos responsáveis. Eles vão pedir a liberdade de sua cliente.
*Sob supervisão de Marcos Rosendo
