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    MPMG pede que Mancha Verde seja banida de todos os estádios do país

    Pedido foi encaminhado à Federação Mineira de Futebol (FMF) e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após episódio de agressão a cruzeirenses

    Daniela Mallmannda CNN , em Belo Horizonte

    Uma recomendação para o banimento temporário da torcida organizada Mancha Alviverde, da Sociedade Esportiva Palmeiras, nos estádios, pelo período de dois anos, foi expedida na tarde desta quarta-feira (30) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e encaminhada à Federação Mineira de Futebol (FMF) e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

    Segundo o promotor Fernando Abreu, que expediu a medida cautelar, o risco apresentado pela torcida organizada não se restringe apenas ao estado de Minas Gerais, sendo assim, no documento ele pede para que o cumprimento aconteça no âmbito nacional.

    No documento, as recomendações são para proibição do uso, porte e exibição de qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto que possa caracterizar a presença da torcida nos estádios e no entorno em dias de jogo.

    De acordo com a Promotoria de Defesa do Consumidor do Procon-MG, a medida cautelar é uma estratégia para tentar evitar novos ataques, como o que aconteceu na Rodovia Fernão Dias, em São Paulo, no dia 27 de outubro.

    Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os palmeirenses protagonizaram um ataque à torcida cruzeirense, utilizando pedaços de madeira e fogo para atacar os integrantes da torcida rival, que estavam em dois ônibus.

    Um veículo foi incendiado e outro teve os vidros quebrados. Ao todo, 17 torcedores ficaram feridos, quatro em estado grave. O torcedor cruzeirense, José Victor Miranda, de 30 anos, morreu durante o ataque.

    “É fato público e notório que as desavenças entre as torcidas organizadas vêm, ao longo dos anos, causando severos transtornos à ordem pública e insegurança à sociedade, pois a escalada do conflito não cede, mesmo diante das reiteradas punições administrativas às referidas entidades. O problema, portanto, ultrapassa os limites da violência desportiva, necessitando de atuação estatal típica de combate à criminalidade organizada”, afirma o promotor.

    No documento, o promotor de Justiça Fernando Abreu, cobra também a criação do cadastro nacional de torcedores suspensos ou impedidos de frequentar eventos esportivos e pede que “os clubes de futebol e sociedades anônimas do futebol adotem procedimentos internos para que torcidas organizadas associadas à prática de violência sejam proibidas de usar o símbolo/escudo, a fim de evitar sanções na esfera desportiva, haja vista a responsabilidade civil objetiva prevista na Lei Geral do Esporte.”

    A Federação Mineira de Futebol tem 72 horas para analisar e decidir se vai seguir a Recomendação do Ministério Público de Minas Gerais.

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