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    MPF pede urgência em combate à mineração ilegal em território indígena no Pará

    Indígenas e pesquisadores relatam novo avanços de mineradores em trechos de rios próximos às aldeias dos mundurukus

    Beatriz Carneiroda CNN* , em São Paulo

    O Ministério Público Federal (MPF) demandou com urgência nesta segunda-feira (28) à Polícia Federal e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) informações sobre medidas para combater novos avanços de mineração ilegal em território indígena Munduruku, no sudoeste do Pará.

    Em outubro, o MPF já havia reforçado à Justiça para que a União, o Ibama e a Fundação Nacional do Índio (Funai) fossem obrigados a promover uma ação emergencial para conter novas frentes da atividade ilegal.

    De acordo com o MPF, os novos avanços de mineração ilegal têm sido registrados desde setembro, especialmente em trechos de rios próximos às aldeias dos mundurukus, de acordo com registros feitos pelos próprios indígenas e por pesquisadores.

    O MPF apontou à Justiça que “registros como os que mostram as águas completamente barrentas, poluídas pelo despejo de rejeitos do garimpo ilegal, e crianças nesse meio, são indicativos do cenário dantesco vivenciado pelos Munduruku”.

    Além disso, por meio de drones, pesquisadores filmaram uma área de 15 mil metros quadrados sendo preparada para a expansão da atividade garimpeira.

    O garimpo ilegal ameaça a sobrevivência dos açaizais e das matas, a qualidade das águas, a fauna e a flora em geral, componentes da base alimentar e económica dos Munduruku, de acordo com relatos feitos pelos indígenas ao MPF.

    As lideranças indígenas ainda relataram ao órgão que têm sofrido ameaças por parte dos garimpeiros, em especial, o cacique Arnaldo Kaba Munduruku.

    *Sob supervisão de Leonardo Rodrigues

     

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