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    MP-RJ envia roupas de mortos no Jacarezinho para perícia em São Paulo

    Delegacia de Homicídios da Polícia Civil foi alvo de operação nesta quinta-feira (9)

    Leandro Resende

    O Ministério Público do Rio de Janeiro encaminhou para o Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo as roupas das 28 pessoas que morreram em operação da Polícia Civil na Favela do Jacarezinho, em maio deste ano.

    A ação foi a mais letal da história do Rio de Janeiro e fez o MP do Rio criar uma força-tarefa para investigar as circunstâncias das mortes.

    O grupo de promotores enxerga que houve abusos na ação e quer uma análise complementar das peças usadas pelas vítimas — uma delas era policial. O IC é um órgão independente e não é subordinado à Polícia Civil de São Paulo.

    Busca e apreensão

    As roupas foram recolhidas pelos promotores do MP fluminense nesta quinta-feira (9) por determinação da Justiça, que expediu mandado de busca e apreensão para a sede da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

    Em nota, a corporação informou que as peças estavam na Delegacia de Homicídios e que foram entregues aos promotores.

    Testemunhas já ouvidas na investigação sobre a ação policial mais letal da história do Rio de Janeiro relataram que as cenas dos crimes não foram preservadas pela Polícia Civil e que moradores da favela do Jacarezinho foram obrigados a transportar corpos das pessoas mortas.

    Nesta quarta-feira (8) o MP fluminense prorrogou por mais quatro meses a força-tarefa que investiga o episódio.

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