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    Prédio que desabou em Gramado (RS) não estava na área de risco mapeada, diz MP

    Dez áreas foram identificadas com risco de desmoronamento em 2015. Promotoria pede que prefeitura realize estudos a cada três anos

    Guilherme Gamada CNN*

    Um mapeamento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) em 2015 apontou cerca de dez áreas com riscos na região de Gramado, na serra do Rio Grande do Sul. Entretanto, o Vale do Quilombo, localização do prédio que desabou na manhã desta quinta-feira (23), não estava incluído no alerta.

    O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) informou, nesta quinta-feira (23), que acionou a Justiça para a realização de audiência com a prefeitura de Gramado (RS).

    “Vemos a necessidade urgente de novos estudos e mapeamentos, pois outros bairros da cidade apresentaram alguns problemas e também não estão na lista”, afirma o promotor de Justiça Max Guazelli, à CNN.

    A promotoria visa discutir sobre desmoronamentos ocorridos nos últimos dias na cidade da serra gaúcha, além de novos mapeamentos sejam realizados a cada três anos, devido às movimentações de terra e ao volume de chuvas que estão sendo registrados na região.

    Em 2013, o promotor instaurou um inquérito civil devido a deslizamentos de terra em diferentes pontos do município e alertou sobre os riscos futuros. Três anos depois, outra ação civil pública solicitou mapeamento dos locais com problemas.

    Sobre os desabrigados e desalojados da última semana após deslizamentos e rachaduras, o promotor informa que solicitará o acompanhamento das famílias removidas.

    A CNN solicitou informações para a Prefeitura de Gramado (RS) sobre ações realizadas no município e aguardamos resposta.

    Apartamentos por mais de R$ 1 milhão

    Um apartamento no prédio que caiu custava em torno de R$ 1,2 milhão, segundo publicações em sites de imobiliárias locais. O acidente não deixou feridos, já que os moradores já haviam saído no último sábado (18), segundo a Prefeitura da Gramado, justamente por conta do risco de desmoronamento.

    As tempestades provocaram, até o momento, cinco óbitos no estado, com rodovias interditadas e pessoas desabrigadas.

    Veja como era o prédio antes do desabamento:

    *Sob supervisão de Elis Franco

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