Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    MP pede aumento das penas de Lessa e Queiroz, assassinos de Marielle Franco

    Lessa recebeu a pena de 78 anos, 9 meses e 30 dias, e Élcio a 59 anos, 8 meses e 10 dias

    Rafael Saldanhada CNN

    O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu o aumento das penas de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, assassinos de Marielle Franco.

    Ó órgão apresentou um recurso de apelação para a ampliação da pena de ambos os condenados, nesta sexta-feira (6). Lessa recebeu a pena de 78 anos, 9 meses e 30 dias, e Élcio a 59 anos, 8 meses e 10 dias.

    Os dois foram condenados pelo duplo homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes no último dia 31 de outubro. O crime ocorreu em 14 de março de 2018.

    A apelação foi apresentada pela Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA). O órgão pleiteia a pena máxima de dois homicídios e um tentado para os dois condenados.

    No caso, a pena somada seria de 82 anos de reclusão: 30 anos pelo homicídio de Anderson, 30 pela morte de Marielle, 20 para a tentativa contra Fernanda Chaves e mais dois anos pela receptação do carro Cobalt utilizado no dia do crime.

    O Ministério Público argumenta que a revisão necessária por causa da gravidade dos crimes e da repercussão internacional do caso, que não teriam sido considerados na sentença.

    Entre os pontos apresentados pela força-tarefa estão o uso de arma automática e silenciador, a emboscada planejada no Centro do Rio e a destruição de provas pelos acusados.

    Além disso, os promotores de Justiça ressaltaram a comoção global gerada pelo caso, que impactou negativamente a imagem do Brasil no cenário internacional, de acordo com o MPRJ.

    O ministério também solicita maior rigor nas penas, incluindo a revisão da tentativa de homicídio contra a assessora de Marielle, Fernanda Chaves, que sobreviveu ao ataque.

    Relembre o caso

    assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes ocorreu em 14 de março de 2018, quando Ronnie Lessa convidou Élcio Queiroz para participar do crime.

    Após seguir o carro de Marielle, Lessa disparou 13 vezes contra o veículo. Quatro disparos acertaram a cabeça da vereadora e três alvejaram Gomes. Uma assessora que estava com elas se feriu com estilhaços, mas sobreviveu.

    Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos em março de 2019. As investigações revelaram que o crime foi motivado por disputas de poder envolvendo milícias no Rio de Janeiro.

    As investigações continuaram, em julho de 2021 Ronnie Lessa e outros foram condenados por destruição de provas relacionadas ao assassinato. Em agosto de 2022, o STF decidiu que Lessa enfrentaria júri popular.

    A investigação foi dividida em duas frentes, uma delas federalizada e novos suspeitos foram identificados.

    Em março de 2024, três indivíduos foram presos como supostos mandantes do crime: Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa.

    Os acusados negaram envolvimento, mas Ronnie Lessa afirmou em delação premiada que receberam ofertas financeiras para a execução de Marielle, destacando a atuação das milícias na disputa por terras no Rio de Janeiro.

    Tópicos