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    Operações miram facção criminosa e cumprem mais de 200 mandados nesta terça

    Com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Polícia Federal são cumpridos ordens de busca, apreensão, prisão e de coleta de material genético

    Murillo Ferrari,

    da CNN, em São Paulo

    Uma operação realizada pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público nesta terça-feira (28) cumpre 212 mandados de busca, apreensão e prisão para desarticular a nova composição de uma facção criminosa que atua em todo o território nacional.

    Há também mandados para coleta de material genético, com amparo na Lei 12.654/12, que prevê esse recurso como forma de identificação criminal. O objetivo é usar o material na solução de crimes violentos.

    Segunda etapa da Operação Flashback, a ação é coordenada pelo Gaeco de Alagoas e tem ações em Sergipe, Pernambuco, Ceará, Bahia, Paraíba, Piauí, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. 

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    A região Nordeste é a que concentra o maior número de ações da operação, com 179 mandados judiciais expedidos para 7 estados. 

    De acordo com o MP, a facção criminosa tem base no Mato Grosso do Sul, de onde saem as ordens de crimes para todo Brasil. O grupo comanda rebeliões, assaltos, sequestros, assassinatos e narcotráfico no país, desde 1993.

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Polícia Federal – através da Delegacia de Repressão a Entorpecentes – e Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas dão apoio na realização da operação.

    Participaram, de forma articulada, do cumprimento dos mandados, as Polícias Civis e Militares, e as Secretarias de Ressocialização dos estados envolvidos. Ao todo, mais de 1.000 policiais federais, civis e militares de todos os estados onde a facção atua foram mobilizados.

    Damas do crime 

    Nas investigações da Operação Flashback II, a polícia destacou o protagonismo das mulheres ligadas à facção, com destaque para a ocupação de cargos de chefia no organograma da organização criminosa. 

    De acordo com levantamento da Polícia Civil de Alagoas, as mulheres têm perfil igualmente violento em comparação com o dos homens da facção quando definem julgamentos ocorridos em tribunais do crime. 

    As que possuem funções disciplinares conduzem estes rituais, elaborando suas “peças conclusivas”, que resultam em condenações ou absolvições. Elas aplicam as mais diversas penas, incluindo assassinato de rivais ou de membros considerados traidores do grupo criminoso.

    Esse núcleo, chamado de Damas do Crime, é composto por 18 mulheres e apenas um homem. Ao todo, 39 mulheres alvos de mandados de prisão, busca e apreensão da operação. Na fase I da Operação Flashback, apenas sete mulheres foram alvo de mandado judicial.

    Operação NJORD

    Simultaneamente, a PF realiza também em Alagoas a operação NJORD, que também tem como alvo membros da facção criminosa. São cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e 39 de prisão, em Maceió, São Paulo e em cidades do Mato Grosso do Sul e Paraná.