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    Polícia investiga lavagem de R$ 200 milhões de facção criminosa no Rio

    Ação cumpre 25 mandados de busca e apreensão e ocorre simultaneamente em 5 estados: Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina

    Luiza Muttoni, da CNN, no Rio de Janeiro

    A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio deflagraram, nesta quinta-feira (17), a Operação Overload II, que tem como objetivo combater o esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho, uma das facções criminosas que atuam no estado.

    A ação cumpre 25 mandados de busca e apreensão e ocorre simultaneamente em 5 estados (Rio, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina) e 10 cidades: Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Ponta Porã (MS), Curitiba (PR), Araucária (PR), Guarapuava (PR), Ponta Grossa (PR), São José dos Pinhais (PR), Belo Horizonte (MG) e Mafra (SC).

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    Operação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro
    Operação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro
    Foto: Divulgação/Polícia Civil

    Na primeira fase da operação, ocorrida em 2015, 61 traficantes considerados líderes na hierarquia da facção foram condenados.

    Entre eles, criminosos que agiam de dentro de presídios federais e controlavam o tráfico de drogas em favelas das cidades do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana, além da Baixada Fluminense.

    Entre os denunciados estão os líderes da organização, Elias Pereira da Silva, o “Elias Maluco”, e Márcio Santos Nepomuceno, o “Marcinho VP”, ambos presos na penitenciária federal de Catanduvas.

    “Elias Maluco” foi preso acusado da morte do jornalista Tim Lopes, em 2002.

    Os investigadores tiveram acesso a prestação de contas do grupo que mostram os altos rendimentos.

    A Justiça autorizou a quebra do sigilo fiscal de 10 pessoas físicas e de 35 empresas envolvidas no esquema, que movimentou, em pouco mais de um ano, mais de R$ 200 milhões.

    Somente na Baixada Fluminense, por exemplo, o faturamento mensal de algumas localidades passou de R$ 7.290.000,00, e 20% do lucro era destinado às lideranças.

    As empresas eram registradas fora do Estado do Rio (Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina), sendo que algumas sequer possuíam sede ou funcionários cadastrados.

    Para os investigadores, desarticular os rendimentos da organização criminosa é importante, já que os lucros das atividades ilícitas são empregados para o fortalecimento do poderio bélico da facção.

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