Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Morto levado ao banco: vídeo mostra idoso sendo retirado de carro e colocado em cadeira de rodas

    Érika de Souza Vieira Nunes foi a uma agência bancária na tarde da última terça-feira (16) com o idoso morto para tentar sacar um empréstimo no valor de R$ 17 mil

    Isabelle Salemeda CNN

    Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, pega uma cadeira de rodas para retirar o idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, de um carro de aplicativo, momentos antes de ele ser levado a uma agência bancária.

    O vídeo tem mais de dois minutos e, durante grande parte do tempo de gravação, ele permanece imóvel, com a cabeça tombada.

    As imagens começam no horário de 13h02. Antes de ir ao banco, Érika foi vista andando por um shopping do Rio de Janeiro.

    Como foi o caso

    A mulher foi à agência bancária na tarde da última terça-feira (16) com o idoso para tentar sacar um empréstimo no valor de R$ 17 mil.

    Enquanto ela negocia o empréstimo, o homem permanece imóvel durante todo o tempo. Funcionários do banco estranharam a situação e começaram a filmar.

    As imagens feitas pelos bancários mostram que Érika fala com o idoso: “Tio Paulo, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor. Tem que ser o senhor. O que eu posso fazer, eu faço”.

    “Segura, tio. Assina para não me dar mais dor de cabeça, ter que ir no cartório. Não aguento mais”, continua.

    Uma das atendentes vê que o homem não se mexe e diz: “Ele não ‘tá’ bem, não.” Nesse momento, uma mosca pousa no nariz dele.

    O Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) foi chamado ao local. Segundo a Polícia Civil, os médicos afirmaram que Paulo já estava morto pelo menos duas horas antes do atendimento. O corpo foi encaminhado ao IML para apurar as circunstâncias da morte

    A princípio, Érika deve responder por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio à cadáver. “Se ficar constatado que a causa da morte não foi natural, aí será aberto uma investigação de homicídio”.

    O que diz a defesa

    A advogada Ana Carla de Souza Correa, que representa Érika, diz que os fatos não aconteceram como foram narrados e que tudo foi esclarecido à polícia.

    “O senhor Paulo Roberto Braga chegou à unidade bancária vivo, e existem testemunhas que no momento oportuno também serão ouvidas. Toda essa parte processual será devidamente apreciada pelo juízo competente”, afirmou.

    A defesa afirma que a mulher se encontra “abalada” com o acontecido. “É uma senhora idônea, que tem uma filha especial que precisa dela. Ela inclusive é uma pessoa que sempre cuidou com todo carinho do senhor Paulo. Então tudo isso vai ser esclarecido e acreditamos na inocência da senhora Erika”, afirma.

    Ainda conforme a advogada, Érika reafirmou que o idoso chegou vivo ao local e começou a passar mal lá. De acordo com a defesa, ele esteve internado alguns dias antes e tinha um quadro de saúde delicado. No entanto, a advogada não informou quais problemas de saúde seriam esses.

     

    Tópicos