Morte de sargento do BOPE na Maré foi encomendada por traficantes, diz polícia
A investigação agora segue para identificar os executores do crime
Em nota divulgada nesta quinta-feira (13), a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que identificou os líderes do tráfico de drogas que teriam ordenado o ataque ao sargento do BOPE Jorge Henrique Galdino Cruz, morto durante operação na última terça-feira (11). Outro PM ficou gravemente ferido na ocorrência.
A investigação agora segue para identificar os executores do crime.
Ainda segundo a polícia civil, ao todo, cinco pessoas morreram durante a ação da Polícia Militar do Complexo da Maré, que teve início na manhã de terça-feira e prosseguiu até por volta das 10h de ontem (12).
Dois suspeitos mortos foram identificados como Francisco Jorge da Conceição de Freitas, de 29 anos e Cristiano Matheus de Oliveira, de 21 anos.
Outros dois corpos seguem sem identificação.
Balanço da Operação
Em entrevista à CNN, nesta quarta-feira (12), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) afirmou não ter como dizer que foi um sucesso a operação policial iniciada na última terça-feira (11) no Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense.
“Não tem como, em uma operação que acaba com um policial nosso tendo a vida ceifada, dizer que foi um sucesso. Outro policial ainda está ferido. Queria me solidarizar à família dos dois policiais”, afirmou.
Também nesta quarta, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo preste informações sobre as operações policiais no Complexo da Maré. A decisão foi tomada depois de um pedido do PSB e da Defensoria Pública do estado. Na entrevista à CNN, Castro diz ter “tranquilidade” sobre o pedido.
Na terça, após o início da operação, a Polícia Militar afirmou, em nota, que a ação tinha como alvo integrantes de uma quadrilha especializada em roubo de veículos em importantes vias da capital fluminense.
A PM disse ainda que, durante a ação, foi encontrada na favela uma metralhadora Browning M1919 de calibre .30 que estaria sendo usada por traficantes do Terceiro Comando Puro, o TCP. Outras 15 armas foram apreendidas. Ao menos 24 pessoas foram presas.