Moradores relatam ‘chuva de fuligem’ em São Paulo após incêndios em parques
Queimadas aumentaram 8,4% no estado neste ano, segundo o Corpo de Bombeiros
Cinzas do incêndio do Parque Estadual do Juquery chegaram à capital paulista no domingo (22). Moradores de São Paulo relataram uma “chuva de fuligem” durante a tarde, após fortes chamas consumirem mais de 60% do parque localizado a cerca de 40 km da cidade.
Segundo a prefeitura de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, ainda havia focos de incêndio no local na manhã desta segunda-feira (23).
Moradores das zonas Norte, Sul e do Centro da capital paulista enviaram à CNN imagens de cinzas e fuligem que caíram em quintais e telhados no domingo.
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) confirmou que ventos trouxeram vestígios do incêndio do Parque Estadual do Juquery para a cidade. No mesmo fim de semana, o Parque Estadual Jaraguá também registrou focos de queimada, o que contribuiu para a “chuva de fuligem” em São Paulo.
Queimadas aumentam no estado
De acordo com o Corpo de Bombeiros de São Paulo, o número de queimadas aumentou 8,4% no estado entre janeiro e julho deste ano, em relação com o mesmo período do ano passado.
O estado enfrenta rigorosa estiagem neste ano, o que propicia focos de incêndio nas matas, mas os bombeiros também alertam que muitos casos são relacionados a ações humanas.
Nos primeiros 10 dias de agosto, foram registrados cerca de 14 focos de incêndio por hora no estado de São Paulo. Na comparação entre os meses de julho de 2020 e de 2021, o aumento do número de focos de incêndio foi de 52%. Somente em julho deste ano, foram mais de 7 mil registros de queimadas no estado.