Modelo que atropelou e matou jovem no Rio de Janeiro vira réu por estelionato
Bruno Krupp e um sócio teriam se passado por intermediário e proprietário de uma agência de viagens falsa; prejuízos podem chegar a R$ 400 mil
O modelo Bruno Krupp e seu sócio, Bruno Monteiro Leite, viraram réus por estelionato nesta terça-feira (30), acusados de golpes que totalizariam mais de R$ 400 mil de prejuízo.
Ambos foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) por supostamente enganarem vítimas com uma agência de viagens falsa, que negociaria pacotes de viagens para hospedagem no Hotel Nacional, que fica na zona sul do Rio.
A representação foi recebida pela juíza Luciana Fiala de Siqueira Carvalho, da 31ª Vara Criminal. De acordo com o MP-RJ, Krupp se passaria por um intermediário, enquanto Leite se dizia proprietário da companhia, que teria preços reduzidos por “acesso a preços promocionais”.
As vítimas realizavam o pagamento diretamente em uma conta de Leite, que fazia a reserva com “cartões fraudulentos de titularidade de terceiros”. Esses pagamentos eram negados pelas operadoras de cartão, porque os verdadeiros titulares não reconheciam a ação.
Ainda segundo o MP, o gerente do hotel afirmou que Krupp e Leite também teriam se hospedado no estabelecimento em “diversas ocasiões”. Em algumas delas, as operadoras dos cartões apontaram que as reservas foram irregulares.
Preso por atropelamento e morte
Na última sexta-feira (26), a Justiça manteve a prisão preventiva de Krupp por atropelar e matar o jovem João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, no dia 30 de julho deste ano.
Segundo os autos judiciais, ele estava dirigindo uma motocicleta por volta das 22h50, quando atropelou o adolescente na Avenida Lucio Costa, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O jovem estava em uma faixa de pedestres.
Ambos foram levados ao Hospital Lourenço Jorge, mas Guimarães não resistiu aos ferimentos e morreu no domingo (31). Krupp teve escoriações e foi detido no complexo de saúde.
“Com efeito, diante de todo o compilado, observa-se que o Indiciado assumiu o risco de causar o resultado, eis que conduzia uma motocicleta sem placa, em alta velocidade (mais de 150km/h, numa via cujo limite máximo de velocidade é de 60km/h), sem portar CNH, mesmo após ter sido pego em uma blitz três dias antes do acidente“, diz trecho da decisão.
O modelo também é investigado por supostos estupros. Mais de 40 mulheres relataram, nas redes sociais, terem sido abusadas sexualmente pelo influenciador.