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    Ministro Fux anuncia criação de grupo para acompanhar buscas por desaparecidos na Amazônia

    Grupo será composto por Sebastião Salgado, Wagner Moura, a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha e a juíza auxiliar Lívia Cristina Marques Pires

    Anna Gabriela Costada CNN

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Luiz Fux anunciou, nesta terça-feira (14), a criação de um grupo de trabalho que irá acompanhar as buscas pelo indigenista Bruno Pereira Araújo e o jornalista britânico Dom Phillips.

    Ambos foram reportados como desaparecidos na região do Vale do Javari, no Amazonas, desde o dia 5 de junho.

    O grupo de trabalho será composto pelo fotógrafo Sebastião Salgado, o ator Wagner Moura, a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha e a juíza auxiliar da presidência do CNJ Livia Cristina Marques Pires.

    “Lançamos hoje um Grupo de Trabalho, para acompanhar as ações que estão sendo executadas na busca dos referidos desaparecidos, bem como para propor medidas que visem a aprimorar a atuação do Poder Judiciário nas questões relacionadas. O Grupo de Trabalho atuará no âmbito do Observatório do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas”, destaca o documento do Conselho Nacional de Justiça.

    Dentre as razões para a medida, o CNJ afirma que “o caso assumiu grande repercussão social e ambiental, com grande impacto inclusive em âmbito internacional, uma vez que se relaciona com questões relativas à atuação do Estado na proteção de terras demarcadas e à preservação dos direitos fundamentais à identidade, cultura e tradição ancestral de povos indígenas isolados, sendo já objeto de diversas decisões judiciais proferidas, desde 2018, pela Justiça Federal no Amazonas”.

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    Desaparecimento

    O desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips foi comunicado pela União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja) na segunda-feira (6). Segundo a entidade, a dupla teria sumido no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.

    De acordo com informações da Univaja, os dois chegaram no Lago do Jaburu no dia 3 de junho para visitar a equipe de Vigilância Indígena.

    No dia 5, Pereira e Phillips deixaram o lago e partiram para a comunidade São Rafael, onde o indigenista participaria de uma reunião. Pelo que consta nas informações trocadas via Dispositivo de Comunicação Satelital SPOT, eles chegaram ao destino por volta de 6h.

    Após conversarem com uma local, ambos recomeçaram o trajeto de retorno à Atalaia do Norte e não foram mais vistos.

    Buscas

    A primeira expedição de busca por Pereira e Phillips foi realizada por equipes formadas por indígenas “extremamente conhecedores da região” às 14h do dia 5, segundo informou a Univaja.

    Após o comunicado de desaparecimento, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento administrativo para apurar o desaparecimento e acionou a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Força Nacional, a Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari, e a Marinha do Brasil.

    *Com informações de Renata Souza, da CNN

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