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    Ministro da Educação diz que não irá censurar Enem

    Milton Ribeiro disse a deputados ter aberto mão de conhecer previamente as questões

    Anna Satie, da CNN em São Paulo

     O ministro da Educação Milton Ribeiro declarou nesta quarta-feira (9) que não irá censurar o Enem e que não irá ver a prova antes da aplicação, como disse que faria em entrevista à CNN na última semana

    “Não vamos censurar a prova, eu sei o que é conviver com pensamentos diferentes. A prova vai avaliar o conhecimento de cada candidato, evitando que ela se limite à visão de mundo de cada um dele. Não pode acontecer imposição de ideologias, nem de um lado, nem do outro”, disse ele em audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

    Ele acrescentou que orientou o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), autarquia que organiza o exame, para que a prova não tenha “viés ideológico”.

    “Orientei o Inep para que a prova tenha caráter técnico, para que a prova não tenha viés ideológico. Avalio que não preciso ter acesso anterior à prova”, falou. “Considerando a lisura, o ambiente em que vivemos eu considerei e abri mão de sequer conhecer previamente as questões. Eu abri mão para cessar qualquer interpretação de censura”.

    Ribeiro já se queixou de questões da prova que julgou inadequadas, como uma da edição de 2018, que pedia a interpretação de um texto sobre um conjunto de expressões usado por gays e travestis, mas que não requeria nenhum conhecimento prévio do assunto. 

    “Eu acho que a prova do Enem não é o espaço público para discussão desses temas, que são relevantes”, disse ele em entrevista à CNN.

    ministro da educação, Milton Ribeiro
    O ministro da educação, Milton Ribeiro, falou com exclusividade à CNN sobre os planos para o ano letivo
    Foto: ´CNN Brasil

    “O Enem é para avaliar candidatos a ter um acesso ao ensino superior e, ali, eu vou procurar verificar qual o conhecimento que ele tem em determinados temas. Existem outros palcos ou outros lugares, outros espaços para discutirmos esse tipo de tema, fora da prova do Enem”

    (*Com informações de Fernando Alves, da CNN em Brasília)