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    Ministério Público Federal investiga ação da PRF que terminou com criança baleada

    Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF também deve adotar outras providências no começo da semana

    Cleber Rodriguesda CNN , no Rio de Janeiro

    O Ministério Público Federal abriu uma investigação para apurar a abordagem da PRF que deixou uma criança baleada no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (7).

    O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) será liderado pelo procurador da República Eduardo Benones e busca identificar os policiais que participaram do ocorrido, além das respectivas responsabilidades na ação.

    “Se ficar provado que não havia uma razão forte o suficiente para que os policiais reagissem, a gente pode considerar que eles assumiram o risco de causar o resultado que causaram”, afirmou Benones.

    O Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF também deve adotar outras providências no começo da semana.

    “Faremos os devidos contatos com a Defensoria Pública Federal para que a gente consiga, além de investigar os fatos, dar assistência à vítima e seus familiares, que também são vítimas do ocorrido”, disse.

    O procurador afirmou, ainda, que o MPF vai analisar a responsabilização da União no ocorrido e pode mover uma ação de indenização.

    Na última quinta-feira (09), Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, foi baleada dentro da carro da família no Arco Metropolitano, na altura de Seropédica, na Baixada Fluminense.

    Em depoimento, um dos policiais que participou da ação contou que o carro era roubado e que atirou depois de ouvir um barulho similar a tiro.

    A criança foi socorrida na viatura da PRF para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela foi atingida por três disparos, um deles na cabeça.

    Segundo o boletim médico deste sábado (9), a menina está entubada e seu estado de saúde é considerado grave.

    Em nota, a PRF informou que abriu uma investigação interna para apurar a conduta dos policiais e disse que medidas preventivas e disciplinares serão reforçadas.

    O órgão informou, ainda, que uma Portaria Interministerial de 2010 proíbe “o uso de arma de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, a não ser que o ato represente um risco imediato de morte ou lesão grave”.

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