Ministério da Saúde passa a contabilizar “casos prováveis” de coronavírus
Órgão também defende a classificação da doença como pandemia



O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (28) mudança na categorização de suspeitos de ter contraído o novo coronavírus, que atualmente são duas: suspeito e confirmado. O órgão irá criar a categoria de casos prováveis.
O intuito da mudança é agilizar as classificações, adotando processo clínico. Desta forma, será enquadrado como um caso provável o paciente que veio de um dos países da lista de atenção, apresentar febre e algum outro sintoma respiratório. Caso cumpra os requisitos o paciente será então testado, e em caso de resultado negativo ou a constatação de um caso de gripe, será descartado.
A ideia com a mudança é evitar o que aconteceu na China, onde todos os casos foram confirmados via testes laboratoriais, diminuindo a agilidade dos processos de catalogação dos doentes.
Há no Brasil 182 casos suspeitos, um confirmado e outros 71 que foram descartados.
Mudança para pandemia
O ministério defendeu também a mudança da classificação do novo coronavírus por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS). No momento, a OMS considera a doença como emergência de saúde pública global.
A posição do ministério é de que a mudança da classificação do COVID-19 – nome técnico usado pela OMS – para pandemia iria mudar os esforços do combate, que focaria na prevenção em grupos mais vulneráveis, como idosos. Com a classificação atual, o foco das organização é na identificação da origem do contágio.
Segundo o Secretário de Vigilância em Saúde no Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, o Brasil já está em contato com a Organização Panamericana de Saúde, que é a ponte do país com a OMS, para pleitear a atualização. “Questionamos a ideia de que ainda há como conter o vírus, que já tem grande dispersão”, afirmou Oliveira.