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    Ministério da Justiça autoriza novo uso da Força Nacional em áreas de queimadas

    Tropas participam de 17 ações na Amazônia Legal. Brasil registrou piora nos registros de fogo em agosto

    Fumaça e chamas de queimada no Pantanal, em Poconé, no Mato Grosso
    Fumaça e chamas de queimada no Pantanal, em Poconé, no Mato Grosso Amanda Perobelli - 03.set.2020 / Reuters

    Giovanna GalvaniGiovanna Bronzeda CNN*

    em São Paulo

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou, nesta sexta-feira (03), o emprego de agentes da Força Nacional de Segurança Pública nos combates a queimadas e incêndios florestais no Amazonas e em Mato Grosso.

    Publicadas no Diário Oficial da União, as portarias que tratam do envio de efetivos da tropa federativa para os dois estados estabelecem que os agentes empregados nas ações atuarão também em “atividades de defesa civil, defesa do meio ambiente e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade [segurança] das pessoas e do patrimônio”.

    Assinada pelo ministro Anderson Gustavo Torres, a Portaria nº 363 estipula que, no Amazonas, os agentes atuarão até o dia 11 de novembro, nas cidades de Humaitá, Lábrea, Apuí e Boca do Acre.

    Já em Mato Grosso, a Força Nacional atuará em todo o território estadual, até o dia 2 de outubro, conforme determina a Portaria nº 372. Nos dois casos, os prazos podem ser prorrogados, conforme a necessidade.

    Segundo a assessoria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com as duas novas autorizações de emprego da Força Nacional, sobe para 17 o número de ações em que os agentes da tropa federativa estão participando na Amazônia Legal.

    Fogo se espalha pelo Brasil

    De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil registrou apenas em agosto 51.711 queimadas. No ano passado, esse número chegou a 50.694.

    De acordo com um levantamento realizado pela CNN, cinco dos seis biomas brasileiros registraram mais queimadas em agosto do que nos outros meses de 2021.

    O tempo seco em boa parte do país é um dos fatores que influencia no alastramento do fogo, que tem, em grande parte das vezes, origens criminosas.

    No Pantanal, a situação não está crítica quanto o ano anterior (pior na série histórica para o bioma), mas apresentou uma piora de julho para agosto. Os focos de incêndio registrados no bioma saltaram de 508 para 1.336 de um mês para o outro, apresentando crescimento de 162,9%. No ano passado, o total registrado em agosto foi de 5.935.

    Já na Amazônia, a situação é crítica e o bioma concentra o maior número de focos de incêndio entre os seis do Brasil. De 1.º de janeiro até o dia 23 de agosto deste ano, foram registrados 33.668 focos de incêndio.

    *Com informações da Agência Brasil