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    Mercados começam semana com Ucrânia no radar; no Brasil, foco é cenário fiscal

    Futuros americanos abriram semana em queda; Macron e Putin têm reunião chave para controlar situação no Leste Europeu

    Priscila Yazbekda CNN , Em São Paulo

    Os mercados globais abriram a semana de olho no conflito entre Rússia e Ucrânia e ainda sob o efeito dos dados de emprego nos Estados Unidos.

    No cenário doméstico, os investidores ficam na expectativa da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que sai amanhã, além dos dados de inflação na quarta-feira, com estimativa de alta de 0,55% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro. Caso da inflação se mantenha acima do esperado, a expectativa é de mais pressão sobre juros.

    Investidores também ficam cautelosos com as pressões por aumento de gastos, conforme as eleições se aproximam. O foco principal são as PECs de Combustíveis. O mercado avalia que as medidas propostas geram perda de arrecadação e não são suficientes para conter o avanço dos preços diante do aumento do petróleo. Entre as propostas que mais preveem perda, está a do senador Carlos Fávaro (PSD-MT), com impacto de até R$ 100 bilhões.

    No noticiário empresarial, o relatório do Ministério Público Federal no Conselho Administrativo de Defesa Econômica recomendou que a compra da Oi Móvel pela Tim, Vivo e Claro não seja aprovada.

    Nos primeiros negócios do dia, o Ibovespa operava perto da estabilidade, aos 112.177 pontos. Já o dólar caía 0,75%, cotado a R$ 5,28.

    Exterior

    No exterior, os índices futuros americanos caíam mais cedo, mas passaram a apresentar leve alta puco antes da abertura do pregão. O mercado mantém a volatilidade das últimas semanas e digere os dados fortes do payroll na sexta-feira (4).

    Somando as revisões de outubro e novembro e as vagas acima do esperado de dezembro, foram criados 1,5 milhão de empregos a mais da expectativa do mercado. A economia mais forte reforça a tese de aumento de juros determinada pelo Federal Reserve System (FED) – o banco central americano – e torna a bolsa menos atrativa.

    O S&P Futuro tem leve alta, de 0,15%, com 4.507 pontos.

    A inflação da zona do euro acima do esperado e o discurso mais duro da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, na última semana, também reforçam a tese de alta de juros na Europa. Depois de uma abertura mista, as bolsas europeias seguem os Estados Unidos e operam em leve alta.

    A situação na Ucrânia, porém, segue no radar, com a Casa Branca alertando que a Rússia pode invadir o país vizinho a qualquer momento. Nesta segunda, todas as atenções se voltam ao encontro entre o presidente Emmanuel Macron, da França, e o líder russo Vladimir Putin, que se reúnem em Moscou.

    Na Ásia, os índices fecharam majoritariamente em queda. Em compensação, na China, as bolsas reabriram em alta, depois de uma semana fechadas pelo feriado do ano novo local. Os índices incorporam os avanços dos ativos de risco na semana passada.

    Já no ramo das empresas, o destaque fica por conta da Saudi Aramco, que voltou a negociar uma oferta de ações de US$ 50 bilhões – o equivalente a R$ 264 bilhões – que pode ser o maior da história.

    Agenda do Dia

    O Boletim Focus foi divulgado nesta manhã. Com ele, a previsão para a inflação subiu de 5,38% para 5,44% este ano, se mantendo em 3,5% para o ano que vem. O Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 se manteve em 0,3%, mas teve queda de 1,55 para 1,53% em 2023. As projeções da taxa básica de juros, a Selic, seguem em 11,75% este ano e 8% no ano seguinte.

    Às 10h, deve ser divulgada a produção de veículos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a balança comercial é aguardada às 15h. Ainda hoje, saem os balanços do BB Seguridade e Porto Seguro.

    No exterior, a agenda do dia é fraca. Nos Estados Unidos, no período da tarde, devem sair os dados de crédito ao consumidor.

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