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    Mercado digere atos do 7 de Setembro; perspectivas globais derrubam petróleo

    Thais Herédia e Priscila Yazbek apresentam podcast CNN Money, nas manhãs de segunda a sexta, com balanço dos assuntos que influenciam mercados, finanças e economia

    CNN

    O sentimento coletivo nesta quinta-feira (8), após as manifestações do 7 de setembro, é de um certo alívio.

    No evento que celebrou o bicentenário da independência do país, o presidente Jair Bolsonaro (PL), ao contrário do esperado, não apostou em uma radicalização excessiva e não inflamou seus apoiadores, além de ter evitado ataques diretos e personalizados ao poder judiciário. Indiretas, contudo, não foram poupadas.

    A leitura geral foi de alguma moderação por parte do presidente, embora esteja claro que houve, sim, uma transformação do bicentenário em um ato de campanha eleitoral. Por causa disso, a oposição, inclusive candidatos à Presidência, entraram na Justiça alegando crime eleitoral cometido por Bolsonaro, por ter usado de um evento oficial para empreender práticas eleitoreiras.

    Não é segredo para ninguém que boa parte do mercado financeiro brasileiro tem uma certa preferência pelo presidente Bolsonaro na disputa ao Planalto. Mesmo que o candidato à reeleição tenha falado, principalmente, para já convertidos, a visão geral é que ele tenha ganhado força — não necessariamente na forma de votos.

    Como reforçado pelo analista CNN Caio Junqueira, o bolsonarismo é um movimento que tem força no Brasil, mesmo que acabe não ganhando as próximas eleições. A briga na Justiça, na visão do mercado, é um capítulo à parte, que não deve gerar efeitos de curto prazo. Diante desse cenário, deve prevalecer o pragmatismo na abertura dos mercados nesta quinta.

    O mercado internacional, por sua vez, está em clima de recuperação, à medida em que más notícias culminaram em boas notícias. A desaceleração no ritmo de crescimento dos EUA, China e países da Europa jogou o preço do barril de petróleo para baixo da casa dos US$ 90.

    Isso acontece a despeito da crise energética mundial, que causa uma percepção de incerteza absoluta. Ainda nesta quinta, é esperado que o Banco Central Europeu (BCE) eleve as taxas de juros em mais um movimento para conter a inflação da zona do euro. No Reino Unido, a primeira-ministra Liz Truss deve apresentar seu plano econômico de governo, que deve priorizar a garantia de fornecimento de energia e uma queda nas contas de luz dos britânicos.

    Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.

    *Publicado por Tamara Nassif

     

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