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    Médicos executados: tribunais do crime são comuns na guerra do tráfico, dizem especialistas; entenda

    “É uma construção de 40 anos que não foi atacada nem pela direita, nem pela esquerda”, diz Renato Sérgio de Lima, coordenador do Fórum Nacional de Segurança Pública.

    Imagem de circuito interno mostra a movimentação dos criminosos que mataram os médicos no Rio de Janeiro
    Imagem de circuito interno mostra a movimentação dos criminosos que mataram os médicos no Rio de Janeiro Reprodução/CNN

    Raquel Landim

    Tribunais do crime como o que atuou no caso dos médicos assassinados no Rio de Janeiro são comuns em organizações criminosas que buscam controlar territórios e seus integrantes, alertam especialistas em segurança pública.

    As facções guerreiam entre si, matam inocentes, julgam e executam culpados. No Brasil, o poder financeiro e bélico das facções desafia o poder público e torna a população refém.

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    “É uma construção de 40 anos que não foi atacada nem pela direita, nem pela esquerda”, diz Renato Sérgio de Lima, coordenador do Fórum Nacional de Segurança Pública.

    O governador Claudio Castro (PL) enalteceu o trabalho da Polícia Civil do Rio de Janeiro que, em 12 horas, já sabia para onde tinha ido o carro dos criminosos, qual era a facção e se preparava para prendê-los. Mas o crime organizado chegou primeiro e os matou.

    Casos pontuais de grande repercussão mobilizam energias e, às vezes, são resolvidos com rapidez. Mas quem entende do assunto já apostava que, pela repercussão, uma execução por engano que atrai a atenção para o tráfico seria punida pelos criminosos com a morte.

    Para Benedito Mariano, coordenador do programa de segurança pública da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a violência do crime organizado no Rio só se resolve com repressão qualificada permanente e asfixia financeira das facções criminosas.

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