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    Médicos dos SUS suspeitos de fraudar ponto são afastados de hospital no RS

    Investigações da PF apontam que os salário dos suspeitos chegavam a R$ 31 mil reais

    Guilherme Gamada CNN*

    Nesta quinta-feira (30), a diretoria do Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (RS), determinou o afastamento dos dez médicos investigados pela Polícia Federal (PF) por fraude ao cumprimento da jornada de trabalho.

    A PF deflagrou, na terça (28), a Operação Hipócrates, que apura os possíveis crimes de peculato, falsidade ideológica e estelionato contra o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC). A operação mobilizou 42 policiais federais para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão em hospitais, clínicas e consultórios na capital gaúcha.

    A investigação teve início com uma denúncia anônima que informava a conduta dos médicos, com salários que variam entre R$ 14 e R$ 31 mil reais. De acordo com a denúncia, os funcionários registraram o início da jornada de trabalho e sairiam do hospital para outras atividades, principalmente, o atendimento em clínicas particulares e outros hospitais, e retornaram ao final do expediente para fecharem o ponto, dando a entender que lá haviam permanecido durante todo o período.

    A direção dos hospitais instalou uma Sindicância Investigativa Interna que, nesta sexta-feira (1º), inicia os trabalhos e terá o prazo regulamentar de 60 dias para realizar a apuração administrativa, ouvindo testemunhas e os acusados pela fraude. A apuração é interna e segue autônoma à investigação da PF.

    Em nota, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) informou apoiar a rigorosa apuração dos fatos relacionados à Operação Hipócrates e reforça que todos os profissionais têm direito à ampla defesa e ao devido processo legal. O sindicato ainda ressalta que a ocorrência de eventuais situações isoladas não deve levar a generalizações para toda a categoria médica. “Os fatos devem ser investigados pelas autoridades em todas as suas instâncias, para que não ocorra a execração pública e o prévio julgamento dos profissionais”, completa.

    *sob supervisão de Elis Franco

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