Média de moradores por domicílio cai no Brasil, revela Censo 2022
Rio Grande do Sul é o estado com menor densidade domiciliar; o Amazonas é a unidade federativa com maior valor para o índice
Dados divulgados do Censo Demográfico 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (28) mostram que a população brasileira registrou um aumento de 2010 até o ano passado, superando a marca de 200 milhões de habitantes. Entretanto, a média de moradores por domicílio apresentou uma queda desde então.
No país, esse número passou de 3,31 em 2010 — quando foi realizado o último Censo — para 2,79 no ano passado. A queda foi registrada em todos os estados.
Ao menos desde 2000, há queda na chamada densidade domiciliar, que é a relação entre as pessoas moradoras nos domicílios particulares permanentes ocupados e o número de domicílios particulares permanentes ocupados.
A unidade federativa com menor média de moradores por domicílio no Censo 2022 é o Rio Grande do Sul, com 2,54 — em 2010, o RS também tinha a menor taxa, de 2,95.
Já o Amazonas tem o maior número no levantamento mais recente, chegando a 3,64 — em 2010, o AM também tinha a maior taxa, de 4,36.
O IBGE define um domicílio como “o local estruturalmente separado e independente que se destina a servir de habitação a uma ou mais pessoas, ou que esteja sendo utilizado como tal”.
Há também a diferenciação entre domicílio particular — que pode ser improvisado ou permanente ocupado, de uso ocasional ou vago — e coletivo, que pode ter ou não moradores.
Ainda segundo o instituto, houve aumento de 34% no número de domicílios no Brasil entre 2010 e 2022, partindo de 67.569.688 para 90.688.021.
Veja a densidade domiciliar no Brasil e nas regiões:
Região | Densidade domiciliar 2010 | Densidade domiciliar 2022 |
Brasil | 3,31 | 2,79 |
Norte | 3,97 | 3,3 |
Nordeste | 3,54 | 2,9 |
Sudeste | 3,17 | 2,69 |
Sul | 3,06 | 2,64 |
Centro-Oeste | 3,22 | 2,78 |
Censo 2022
O Censo 2022 é a 13ª operação do tipo realizada em território brasileiro, segundo o IBGE.
Por lei, os censos são feitos com, no máximo, 10 anos de intervalo. Porém, devido à pandemia da Covid-19, a coleta de informações e formulação dos resultados foi adiada em 2020.
Em 2021, segundo o instituto, também não foi realizado o levantamento devido ao “profundo corte orçamentário”, sendo finalmente aplicado em 2022.
Os recenseadores do IBGE visitaram 106,8 milhões de endereços e 90,7 milhões de domicílios em 2022.
Foram aplicados 62.388.143 questionários “básicos”, com 26 quesitos e tempo médio de 6 minutos; e 7.772.064 questionários “ampliados”, com 77 quesitos e tempo médio de 16 minutos.
Ao todo, 68.659.405 de entrevistas foram feitas presencialmente; 362.563 questionários foram preenchidos pela internet; e 412.725 entrevistas foram feitas por telefone.
O instituto ressalta que os dados adquiridos por meio dos censos são utilizados, por exemplo, no planejamento social e econômico do país.