“Martelo ainda não foi batido”, diz ministro a policiais insatisfeitos com reajuste de 5%
Ministro da Justiça, Anderson Torres, se reuniu nesta segunda-feira (18) com representantes de profissionais da segurança pública

Dez representantes de entidades de classe da Segurança Pública da União se reuniram, nesta segunda-feira (18), com o ministro da Justiça, Anderson Torres, para debater sobre o reajuste de 5% oferecido a servidores federais a partir de julho.
Pelo menos três entidades endureceram o discurso, dizendo que a “base” cobra uma ação mais contundente da categoria contra o governo. Todas as entidades pediram um prazo para alguma decisão do governo, para que possam repassar a confirmação para suas bases.
O ministro Anderson Torres foi escalado pelo presidente Jair Bolsonaro para contornar a crise com membros da segurança pública.
Participantes da reunião relataram que o ministro sinalizou que seguirá tentando a reestruturação das forças de segurança federais. Mas alertou, entretanto, para não se desesperarem, pois, a negociação ainda não terminou.
Membros das entidades que participaram do encontro disseram que o ministro afirmou que “o martelo ainda não foi batido”.
As entidades seguiram pressionando Anderson Torres para conseguir um prazo, ao menos alguma sinalização para poder dar uma satisfação às bases, mas o ministro reforçou que não tem como dar um prazo a esta altura da negociação.
Reajuste
O governo de Jair Bolsonaro decidiu dar aumento de 5% a todos os servidores federais a partir de julho.
O secretário especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, afirmou que um reajuste de 5% para servidores públicos federais este ano exigiria cerca de R$ 12,6 bilhões no Orçamento de 2023, que será enviado em agosto. Segundo ele, a equipe econômica já prevê, no cenário atual, uma reserva de R$ 11,7 bilhões.
Ele esclareceu, no entanto, que o reajuste de 5% é apenas uma das propostas sendo discutida pelo governo. Caso a medida não seja anunciada este ano, o próximo governo terá, de qualquer forma, espaço de R$ 11,7 bilhões para conceder aumento salarial para o funcionalismo público.