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    Mais um banco é citado em delação de Dario Messer

    Banco diz que todas operações seguem parâmetros legais e não tem qualquer relacionamento com o doleiro paraguaio

    Paula Martini e Thayana Araújo, da CNN, no Rio

    Mais um banco brasileiro foi mencionado no acordo de delação do doleiro paraguaio Dario Messer com a Justiça. A CNN apurou que na colaboração homologada pela Justiça Federal, Messer contou que foi procurado pelo Banco Ourinvest, de São Paulo, para negociar a compra de reais no Banco Basa, com sede no Paraguai.

    O Banco Ourinvest disse que “nunca teve qualquer relacionamento” com Messer e o Banco Basa afirma que “desconhece as declarações prestadas” pelo doleiro.

    Como a CNN noticiou nesta segunda-feira, o doleiro revelou à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que o Banco Rendimento SA e o Banco Paulista faziam parte de um cartel liderado pelo Banco Basa para a compra e venda de reais. 

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    Segundo um dos investigadores envolvidos no caso, o dinheiro é comprado em casas de câmbio sem comprovante de origem. Há indícios de o dinheiro seja oriundo da compra de cigarros, drogas e armas no mercado paralelo. O interlocutor do Ourinvest teria procurado Dario para participar do esquema. 

    No entanto, segundo o doleiro, a entrada da instituição financeira foi negada pelo presidente do Basa, Eduardo Marin. “Isso porque os cartéis são tão criminosos que não querem abrir seus negócios para outras instituições participarem”, explicou um dos investigadores da Polícia Federal. 

    O Banco Basa é ligado ao ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes. Ele é apontado como um dos maiores produtores de cigarros que são contrabandeados para o Brasil. 

    Através da assessoria de imprensa, o Banco Ourinvest informou “que todas as transações realizadas pela instituição, sem exceção, seguem rigorosos padrões de controles internos, em completo e irrestrito alinhamento às disposições legais e regulamentares a elas aplicáveis. Além disso, esclarece que não tem e nunca teve qualquer relacionamento com o Sr. Dário Messer”. 

    Em nota, o Banco Basa S.A. também negou as informações declaradas por Messer. “O Banco Basa S.A. informa que desconhece as declarações prestadas pelo senhor Dario Messer”. E esclareceu que “como entidade regulada e supervisionada pelo Banco Central do Paraguai, assim como auditada por empresas de reconhecido prestígio internacional nos temas de prevenção de lavagem de dinheiro, o Banco Basa S.A. sempre adequou todos seus atos e negócios às normas legais vigentes.”

     *Com colaboração do estagiário Lucas Janone

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