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    Mais de 200 toneladas de doações ao RS estão paradas em Portugal; entenda

    Transporte de Lisboa ao Rio Grande do Sul é “contraproducente”, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB)

    Guilherme Gamada CNN , São Paulo

    Em arrecadação precipitada, a comunidade brasileira em Portugal e portugueses arrecadaram mais de 200 toneladas de doações para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Os donativos estão parados em galpões em Lisboa e no Porto, sem plano ou previsão de envio ao Brasil.

    A Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) informam que estão articulando com a Força Aérea Portuguesa um plano logístico para levar as doações à população gaúcha.

    Entretanto, nesse momento, a Força Aérea Brasileira (FAB) considera “contraproducente” o deslocamento de uma aeronave para Portugal com essa missão. O tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno explica que seriam necessárias cerca de 35 horas para o transporte, tempo que a FAB transporta 167 toneladas das 1.500 toneladas que já se encontram em bases no Brasil para a Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul.

    “O volume transportado internamente pela FAB no mesmo período de tempo é mais que oito vezes maior do que aquele que virá de Portugal”, afirma.

    A embaixada brasileira em Lisboa e os consulados brasileiros de Porto e Faro afirmam que estão realizando a triagem dos donativos — etapa em que são separados itens por categorias a validade dos alimentos são checadas.

    Em Portugal, voluntários envolvidos na arrecadação na cidade do Porto contam que o movimento começou com uma mulher que afirmava possuir uma aeronave e que pessoas do Consulado estavam colaborando.

    Dias após, o grupo foi informado de que não havia um veículo para o transporte. Nas redes sociais, os voluntários avisam que as arrecadações atingiram o limite e estão encerradas.

    “Compramos a ideia sem saber, pois acreditamos que ela já tinha mesmo esse avião. Agora não sabemos o que fazer”, disse uma brasileira voluntária em Portugal à CNN.

    Os brasileiros à frente da arrecadação em Portugal alegam descaso e falta de agilidade do consulado para auxiliar na ação solidária.

    Em nota, os Consulados-Gerais do Brasil em Lisboa e Porto afirmam que não têm relação com iniciativas pessoais referentes à doação de bens e valores aos afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul e recomendam doações por meios oficiais.

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