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    Mãe do menino Henry é afastada do cargo na Secretaria de Educação do Rio

    Afastamento segue até conclusão do processo administrativo que a servidora responde; nesse período, ela continua recebendo salário

    Isabelle Salemeda CNN

    em São Paulo

    A mãe do menino Henry, Monique Medeiros, foi afastada do cargo que exercia na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.

    A decisão, publicada no diário oficial do município desta quarta-feira (25), ocorreu por resolução do secretário Renan Ferreirinha e foi oficializada por decreto do prefeito Eduardo Paes.

    A servidora concursada da Prefeitura do Rio de Janeiro é ré pela morte do próprio filho, Henry Borel, de 4 anos, em 8 de março de 2021. O ex-vereador Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, com quem Monique namorava na época, também responde pelo crime.

    Segundo a polícia, o menino morreu após ser agredido por Jairinho. O ex-vereador e a mãe da criança negam que tenha havido qualquer agressão.

    O afastamento de Medeiros acontecerá até a conclusão do processo administrativo ao qual a servidora responde. Nesse período, no entanto, ela continua recebendo salário, que gira em torno de R$ 3,1 mil líquidos.

    “Eu pessoalmente acho um absurdo ter que pagar para quem não trabalha, mas estamos cumprindo a lei”, declarou Ferreirinha.

    Monique Medeiros estava de licença na Secretaria de Educação desde abril de 2021, quando foi presa. Depois que teve a prisão revogada pelo Superior Tribunal de Justiça, ela pediu o retorno às atividades e a solicitação foi aceita.

    A servidora retornou ao trabalho no dia 12 de dezembro do ano passado. No entanto, ela passou a exercer uma função administrativa no almoxarifado da secretaria, longe das escolas.

    No dia seguinte após o seu retorno à secretaria vir à público, Monique entrou com um pedido de afastamento por razões psicológicas. “O documento solicitava o afastamento pelo prazo de 60 dias, mas foi rejeitado pelo corpo técnico da perícia da prefeitura”, disse Ferreirinha.

    Além disso, a secretaria verificou inconsistências na folha de ponto da servidora. Por isso, foi aberta uma nova sindicância a fim de apurar possíveis condutas irregulares.

    O Secretário Ferreirinha disse, no domingo (22), que, se dependesse dele, Monique Medeiros já teria sido demitida há muito tempo, mas isso não foi possível por causa da “demora da Justiça” no Brasil.