Liga das Escolas de Samba do Rio nega redução de público no desfile
Protocolo do Carnaval de SP não será adotado na Sapucaí, garante presidente da Liesa
O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, Jorge Perlingeiro, afirmou à CNN que os desfiles na Marquês de Sapucaí não seguirão os mesmos protocolos sanitários estabelecidos para a folia em São Paulo. Os desfiles paulistas serão realizados com 70% da capacidade do Sambódromo do Anhembi e com obrigatoriedade para o uso de máscaras para quem for desfilar.
“Não há como fazer desfile sem 100% do público no Rio. Os ingressos já foram vendidos e com 70%, a festa, que é muito cara, não vai se pagar nunca”, afirmou Perlingeiro.
Segundo ele, seria uma “heresia” obrigar os componentes das escolas de samba desfilar de máscara. “Como você vai julgar a Harmonia (quesito que avalia o entrosamento ou não dos desfilantes com o ritmo e o canto do samba de enredo) das escolas?”, declarou.
O presidente da Liesa destacou que várias outras aglomerações estão sendo registradas neste momento no país, com shows e praias lotadas em virtude da onda de calor. O Rio de Janeiro vive uma explosão de casos provocados pela variante ômicron da covid-19: em 1 mês a cidade saiu de 23 internados (em 18 /12) para 723 nesta terça-feira (18).
“Só pisa na Sapucaí quem estiver vacinado, seja para trabalhar, assistir ou desfilar”, afirmou o presidente da Liesa.
Na próxima segunda-feira (24) o comitê científico da prefeitura do Rio se reúne mais uma vez para tratar da possibilidade de cancelamento do Carnaval das Escolas de Samba no Rio de Janeiro.