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    Letalidade policial bate recorde em SP; número de policiais mortos também cresce

    No 1º semestre deste ano, policiais militares e civis mataram 514 pessoas em supostos confrontos; no mesmo período, 28 agentes foram mortos, aumento de 75%

    André Rosa, Carolina Figueiredo e Pedro Durán, , da CNN, em São Paulo

    Policiais militares fazem abordagem na zona norte de São Paulo
    Policiais militares fazem abordagem na zona norte de São Paulo
    Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

    O número de mortes cometidas por policiais de São Paulo nos primeiros seis meses de 2020, foi o mais alto em um semestre, desde que os dados começaram a ser registrados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), em 2001.

    De janeiro a junho deste ano, policiais militares e civis, no horário de trabalho ou de folga, mataram 514 pessoas em supostos confrontos. O número de policiais mortos também aumentou 75%, saindo de 16 no primeiro semestre de 2019 para 28 no mesmo peíodo deste ano. 

    Apenas no primeiro semestre deste ano, as polícias de São Paulo já mataram mais do que ao longo de todo o ano de 2013. As 514 mortes deste ano também superam todas as mortes de 2011 (480), 2008 (431), 2007 (438) e 2005 (329).

    O ano de 2002 se destaca como o ano no qual a polícia foi mais letal, com 1.030 ocorrências de supostos confrontos que terminaram em morte.

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    Em nota, a SSP diz que o confronto não é opção dos policiais e que eles atuam para prender e levar à Justiça aqueles que infringem e Lei. A pasta afirma ainda que todas as ocorrências de MDIP (morte em decorrência de intervenção policial) são analisadas pelas instituições, rigorosamente investigadas e comunicadas ao Ministério Público. 

    “Medidas para reduzir a incidência desses casos são permanentemente avaliadas e implementadas pelas instituições”, afirma. 

    Ouvido pela reportagem da CNN, o Secretário Executivo da Polícia Militar, Coronel Álvaro Camilo, apontou que com muito menos trânsito durante a quarentena, a PM conseguiu chegar mais rápido aos locais dos crimes, pegando infratores em flagrante ainda durante a ocorrência, por isso o número de confrontos foi maior.

    Ele disse também que os crimes ligados à propriedade (como roubos e furtos) caíram durante a pandemia, mas a agressividade e a atuação dos bandidos não diminuiu, apontando que um dos indicadores pra medir isso foi a apreensão de 43 fuzis e 99 toneladas de drogas durante o primeiro semestre.

    Outros indicadores

    A quantidade de vítimas de homícidios dolosos, quando há intenção de matar, também aumentou, saltando de 1.465 no primeiro semestre do ano passado para 1.522 este ano. Segundo a SSP, o aumento foi puxado principalmente pelas ocorrências de brigas entre conhecidos. 

    Por outro lado, os casos de roubo, um dos principais crimes cometidos no estado, tiveram redução de 8,3%

    Segundo o governo, houve queda em todas as modalidades de furto, nos casos de estupros, e nas ocorrências de roubo de carga e de veículos.

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