Leitor de Hitler é preso ao atacar negros e homossexuais em biblioteca em SP
Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o homem de 39 anos profere ofensas racistas e homofóbicas


Um homem, de 39 anos, foi preso em flagrante na manhã desta terça-feira (2) após atacar negros e homossexuais na Biblioteca Mário de Andrade, no bairro da República, em São Paulo.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, o autor dos ataques confirma aos presentes que é racista. “Eu não gosto de negro, a cultura deles é uma bosta”, diz o homem.
Segundo a Polícia Civil, as injúrias foram direcionadas a uma mulher, de 39 anos, e uma idosa, de 66.
No momento da gravação, o homem já está se afastando das vítimas e seguindo em direção a sua mesa, onde é possível ver o livro “Minha Luta”, de Adolf Hitler.
Ele também discute com a testemunha, que está fazendo as imagens, e profere diversas frases homofóbicas.
De acordo com a polícia, caso foi registrado como injúria e preconceitos de raça ou de cor (praticar a discriminação) pelo 2º Distrito Policial do Bom Retiro. O homem foi detido e está à disposição da Justiça, acrescenta a instituição.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, afirmou que repudia veementemente as falas e atitudes homofóbicas e racistas do frequentador flagrado na Biblioteca Mário de Andrade e que os funcionários da biblioteca prestaram depoimento após o registro do boletim de ocorrência (leia a nota na íntegra abaixo).
https://twitter.com/africanizeofc/status/1554626577387888640?s=20&t=NEpws9sBlcepFiufHvsajA
Nota Prefeitura de São Paulo
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, repudia veementemente as falas e atitudes homofóbicas e racistas do frequentador flagrado na tarde desta terça-feira (02), na Biblioteca Mário de Andrade (BMA). Após o ocorrido, o usuário foi imediatamente levado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) para a 77ª Delegacia, onde foi registrado boletim de ocorrência. Funcionários da biblioteca prestaram depoimento.
Funcionários da BMA também compareceram à unidade policial para prestar depoimento no mesmo boletim de ocorrências. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) designou um ouvidor para acompanhar o caso na delegacia.
A biblioteca é um espaço público marcado pelo respeito à liberdade de gênero, raça, orientação sexual, credo e de celebração da diversidade e de todos os direitos individuais.
Nos últimos meses, a Biblioteca Mário de Andrade, tal como diversos outros equipamentos culturais da cidade, tem se empenhado em treinar a sua equipe para lidar com atitudes racistas, transfóbicas e misóginas em seus espaços, ao mesmo tempo em que vem desenvolvendo um trabalho de conscientização junto aos seus servidores. No ano passado, a Secretaria Municipal de Relações Internacionais lanço o programa São Paulo, Farol de Combate ao Racismo Estrutural. A intenção é estimular sociedade e combater sistematicamente o racismo estrutural através de treinamentos e de políticas públicas perenes.
(Com informações de Carolina Figueiredo, da CNN)