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    Justiça torna réu funcionário acusado de torturar paciente em clínica na Grande SP

    Justiça aceitou denúncia do Ministério Público contra Matheus de Camargo Pinto que registrou a vítima com os braços presos para trás do encosto da cadeira

    Catarina NestlehnerFelipe Souzada CNN* São Paulo

    O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público contra Matheus de Camargo Pinto, ex-funcionário em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos em Cotia (SP) onde um paciente morreu após suposta tortura.

    Jarmo Celestino De Santana, de 55 anos, faleceu no último dia 8 de julho, após ser amarrado em uma cadeira e filmado por funcionários do estabelecimento. Matheus de Camargo, de 24 anos, era um dos monitores envolvidos.

    O vídeo registrado pelo réu mostra a vítima sem camisa e com os braços presos para trás do encosto da cadeira e diz: “Mais um aí ó, na unidade aí ó Efatá aí ó, acompanhamento…”. Quatro homens riem da situação.

    O paciente que aparece nas imagens foi levado para um posto de saúde na cidade de Vargem Grande Paulista (SP) e morreu durante a ocorrência.

    Na delegacia, Matheus confessou gravar o vídeo. Além do registro, um áudio enviado por ele foi encontrado pela polícia: “Cobri no cacete, cobri… chegou aqui na unidade fi… pagar de brabo… cobri no pau. Tô com a mão toda inchada.”

    O caso foi registrado como tortura qualificada pelo resultado morte, segundo o boletim de ocorrência. Matheus foi preso em flagrante. A Prefeitura de Cotia informou que a clínica particular clandestina foi interditada e outros pacientes foram identificados com sinais de maus tratos.

    Em resposta à denúncia, a Justiça afirmou que Matheus Camargo tem até dez dias para apresentar sua defesa. Decorrido o prazo, caso o réu não apresente um advogado será solicitado a indicação de um defensor público.

     

    *Sob supervisão

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