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    Justiça pede extradição de ex-marido de galerista morto no Rio de Janeiro

    Daniel Sikkema é acusado de ser mandante da morte de Brent Sikkema, em janeiro; ele foi preso nos Estados Unidos por fraude no passaporte

    Isabelle Salemeda CNN

    A Justiça do Rio de Janeiro pediu a extradição do suspeito de ser o mandante do assassinado do galerista norte-americano Brent Sikkema, em janeiro desse ano, no Rio de Janeiro. Daniel Sikkema, ex-marido da vítima, foi preso nos Estados Unidos no último dia 21 por fraude no passaporte.

    O cubano que executou o crime pagou fiança e está em prisão domiciliar, com uso da tornozeleira eletrônica.

    Na decisão, publicada na última segunda-feira (1), a juíza Tula Correa de Mello marcou uma audiência do caso do galerista para o dia 3 de junho e intimou a defesa do ex-marido de Sikkema a se pronunciar em até cinco dias. A magistrada ainda recusou o pedido de revogação da prisão preventiva de Daniel no Brasil, feito pela defesa.

    Ele é apontado pela Polícia do Rio de Janeiro como mandante do crime. De acordo com as investigações, após a separação do casal, por divergências financeiras, o ex-marido teria planejado a morte do norte-americano. Segundo a apuração da Delegacia de Homicídios, Daniel teria oferecido U$ 200 mil para o também cubano Alejandro Triana Prevez cometer o assassinato. Ele ainda teria dado a chave do imóvel, no Jardim Botânico, na zona sul do Rio, para que o executor conseguisse cometer o crime.

    Em depoimento, o próprio Prevez relatou o acordo e confessou ter executado Sikkema, com quem já havia trabalhado, em Cuba.

    O Ministério Público do Rio denunciou os dois pelo crime e tinha pedido a inclusão do nome de Daniel Sikkema na lista de alerta vermelho da Interpol.

    “A denúncia sob o aspecto formal é perfeita. Estão presentes todos os requisitos legais inerentes ao exercício da ação penal in casu, incluída a indispensável justa causa. O processo está regular e válido, inexistindo vício a ensejar o reconhecimento de nulidade. Com efeito, os fatos e fundamentos deduzidos na defesa escrita não afastam os indícios de autoria e materialidade coligidos em sede extrajudicial, impondo-se a apuração dos fatos narrados na exordial da presente ação penal, garantindo-se ao acusado a ampla defesa e o contraditório”, escreveu a juíza.

    O advogado de Alejandro Prevez disse que vê com muito bons olhos a decisão da juíza. “Foi uma decisão extremamente acertada, tendo em vista que Daniel tem um mandado de prisão e que ele tem que vir [ao país] para responder à Justiça brasileira. A gente vê até como uma possibilidade de se chegar em possíveis outros articuladores dessa morte”, afirmou Greg Andrade.

    Por meio de nota, a defesa de Brent Sikkema disse que, apesar da decisão, reitera “confiança inabalável no sistema de justiça”. “Entendemos que o processo legal é complexo e requer tempo para uma análise completa e justa de todos os fatos e evidências apresentados.”

    “Estamos plenamente comprometidos em defender os direitos e a inocência do Sr. Sikkema, trabalhando incansavelmente para garantir que todos os elementos e testemunhos sejam considerados de forma criteriosa e objetiva. Confiamos que, no devido tempo, a verdade prevalecerá e a ordem de prisão contra o Sr. Sikkema será revogada”, acrescentou a defesa.

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