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    Justiça mantém torcedora argentina presa por caso de injúria racial no Maracanã

    Na mesma noite, um tumulto generalizado tomou conta do pré-jogo e outros 17 torcedores foram encaminhados ao posto do Juizado do Torcedor no estádio do Maracanã

    Duda Lopesda CNN*

    Na madrugada desta quarta-feira (22), o Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decretou a prisão preventiva da argentina Maria Belen Mautecci, acusada de injúria racial no estádio do Maracanã.

    Segundo uma das testemunhas, a torcedora disse para a vítima “escuta aqui pedaço de macaca, é a minha vez!”. A fala aconteceu durante a partida entre Brasil e Argentina, pelas eliminatórias da Copa do Mundo na noite desta terça-feria (21). “Indefiro o pedido de liberdade provisória, convertendo a prisão em flagrante em preventiva”, destacou a juíza em sua decisão.

    Para a magistrada do caso, houve a prática de injúria racial a partir da ofensa a dignidade da vítima, em razão de sua cor, raça e/ou etnia. “Trata-se de crime grave e recorrentemente praticado a despeito da profunda indignação por parte da sociedade e dos vários alertas emitidos por este Juizado através do sistema audiovisual deste estádio, inclusive em diversos idiomas”.

    Na mesma noite, um tumulto generalizado tomou conta do pré-jogo e outros 17 torcedores foram encaminhados ao posto do Juizado do Torcedor no estádio do Maracanã por provocarem tumulto, desacato, resistência, furto e outros crimes. Para estes infratores foram impostas transações penais como punição.

    Apesar disso, um grande número de envolvidos não foi apresentado à Justiça. A Polícia Militar informou ao juizado que eles estariam recebendo atendimento médico para depois serem apresentados à sede policial.

    A juíza, portanto, compareceu a alguns postos de atendimento, acompanhada de servidores de plantão, e constatou poucos atendimentos médicos e detidos nos locais.

    Por isso, a magistrada determinou a expedição de ofício ao secretário de Polícia Militar, coronel PM Luiz Henrique Marinho Pires e também para a Confederação Brasileira de Futebol, para que tomem ciência do ocorrido.

    *Sob supervisão de Bruno Laforé

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