Justiça mantém prisão de motorista de Porsche que matou motoboy em SP
Caso ocorreu em julho deste ano após uma suposta briga de trânsito
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O empresário Igor Sauceda, que dirigia o Porsche no acidente que terminou com a morte de um motociclista em São Paulo, foi ouvido em delegacia na capital paulista • Van Campos/Fotoarena/Estadão Conteúdo
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Familiares de motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, agridem o motorista de um Porsche que o atropelou em SP • Reprodução/CNN
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Familiares de motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, agridem o motorista de um Porsche que o atropelou em SP • Reprodução/CNN
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Familiares de motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, agridem o motorista de um Porsche que o atropelou em SP • Reprodução/CNN
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Motorista de Porsche mata motociclista em SP • Reprodução
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Porsche ficou destruída após atropelamento • Reprodução
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Pai do motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos • Reprodução/CNN
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Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos • Reprodução
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Motorista de Porsche chega à delegacia em viatura da PM • Reprodução/CNN
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Porsche que atingiu e matou motociclista em São Paulo • Alexandre Serpa/Ato Press/Estadão Conteúdo
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Porsche que atingiu e matou motociclista em São Paulo • Alexandre Serpa/Ato Press/Estadão Conteúdo
A Justiça de São Paulo decidiu nesta segunda-feira (9) manter a prisão preventiva de Igor Sauceda, de 27 anos, o motorista de um Porsche suspeito de atropelar e matar o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo em julho deste ano após uma suposta briga de trânsito. O caso aconteceu na zona sul de São Paulo.
Segundo a Justiça, a primeira audiência de instrução e julgamento de Igor está prevista para acontecer fim de fevereiro do ano que vem no Fórum Criminal da Barra Funda. A sessão acontecerá de forma híbrida (videoconferência ou comparecimento presencial).
A decisão da juíza Isabel Begalli, da 3° Vara Do Tribunal do Júri, aponta que a prisão permanece em vigor uma vez que não foi verificada qualquer alteração dos fatos desde a decisão que decretou a prisão do acusado pela última vez.
Em agosto deste ano, a juíza ressaltou que Sauceda tem “comportamento agressivo e ameaçador” e teria, utilizado o mesmo automóvel envolvido no acidente para “intimidar pessoas de sua convivência”, fatos esses, segundo a magistrada, que representam “risco à ordem pública”.
A decisão também aponta que a defesa de Igor optou por aguardar o laudo do local dos fatos para apresentação de resposta à acusação. No início de novembro deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo emitiu um mandado de intimação ao diretor do Instituto de Criminalística (IC) para a apresentação do laudo sobre o atropelamento.
À época do mandado, a defesa do acusado destacou que a gravidade “abstrata do crime não seria não seria motivação a justificar a prisão preventiva”. No entanto, o ministro Joel Ilan Paciornik, considerou que as circunstâncias do crime justificavam a prisão de Igor e a manteve em decisão.
A CNN busca contato com a defesa de Igor e o espaço segue aberto para manifestações.
Denúncia do MP
No início do mês de agosto deste ano, Igor foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por homicídio triplamente qualificado. A promotora Renata Cristina de Oliveira Mayer, afirmou que, se ele for condenado conforme à denúncia, a pena pode ser fixada em cerca de 18 anos de reclusão em regime fechado.
A denúncia apontava que o motorista do Porsche agiu com a intenção de matar, por motivo fútil e utilizando meio cruel, sem dar a oportunidade da vítima ter se defendido.
O pedido do MP foi aceito pela Justiça com base em indícios de autoria e provas da materialidade do crime.
Relembre o caso
O acidente ocorreu por volta de 1h20 do dia 29 de julho deste ano. Testemunhas afirmam que Sauceda jogou propositalmente o carro contra a motocicleta após uma discussão no trânsito. O motoboy Pedro Kaique foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Durante um dos depoimentos à polícia, o motorista afirmou que “conhece a via pois é caminho de sua residência e inclusive sabe o ponto em que [está] instalado quebra-mola e uma lombada eletrônica. Que acredita que trafegava em velocidade de aproximadamente 60 a 70 km/h”.
A velocidade máxima permitida na Avenida Interlagos, onde ocorreu o crime, é de 50 km/h.
* Sob supervisão