Justiça mantém prisão de acusados de matar 10 pessoas de uma mesma família no DF
Caso aconteceu em janeiro deste ano; entre os mortos, há três crianças
O juiz Taciano Vogado Rodrigues Junior manteve a prisão dos cinco acusados de participarem do assassinato de dez integrantes de uma família no Distrito Federal, em janeiro deste ano.
Não há motivo para revogar a medida, segundo o magistrado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Carlomam dos Santos Nogueira e Carlos Henrique Alves da Silva respondem pelo crime de homicídio qualificado. Fabrício Silva Canhedo é acusado de extorsão mediante sequestro seguida de morte.
As defesas de Carlomam e de Carlos Henrique disseram que ainda irão decidir o que fazer. A de Horácio Carlos Ferreira Barbosa indicou que irá aguardar o fim do processo. As demais defesas não se pronunciaram até o momento da publicação da reportagem.
Cronologia
As investigações do caso começaram no dia 12 de janeiro após o desaparecimento da cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos, e dos três filhos dela: Rafael e Rafaela, de 6 anos, e Gabriel, de 7.
No dia seguinte, o carro de Elizamar foi encontrado carbonizado numa rodovia em Cristalina-GO, com quatro corpos. A identidade de Elizamar e dos filhos foi confirmada pelo Instituto Médico Legal (IML) de Goiás.
Também em 13 de janeiro, foram dados como desaparecidos:
- o marido de Elizamar, Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos,
- o pai dele, Marcos Antonio de Oliveira,
- a mãe dele, Renata Belchior,
- e a irmã dele, Gabriela Belchior.
Já no sábado (14), o carro da família foi encontrado carbonizado em Unaí (MG). Os corpos da mãe e da irmã de Thiago estavam dentro do veículo e foram identificados pelo IML de Minas Gerais.
O corpo de Marcos Antônio foi encontrado na quarta-feira, dia 18, enterrado e esquartejado em uma chácara usada como cativeiro.
Já em 24 de janeiro, a polícia encontrou os corpos de Thiago, da ex-mulher do pai dele, Cláudia Regina Marques, e da filha dela, Ana Beatriz Marques, de 19 anos, no fundo de uma cisterna, em um imóvel abandonado.
Segundo o delegado Ricardo Viana, o crime foi motivado por questões financeiras e por uma disputa de terras. “Essas pessoas foram mortas de formas diferentes e de uma crueldade extrema”.
*Sob supervisão de Marcos Rosendo