Justiça manda soltar manifestantes que foram detidos durante confusão na Alesp
Estudantes foram levados pela PM durante protesto em sessão de análise do projeto sobre escolas cívico-militares no estado
O Tribunal de Justiça concedeu liberdade provisória aos sete manifestantes que foram detidos em uma confusão durante sessão na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na tarde da última terça-feira (21).
O grupo passou por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (22) e foi liberado pouco depois das 12h.
A Justiça de São Paulo afirmou que dois dos estudantes alegaram violência no ato da prisão. Por isso, foi determinado o envio de cópia da decisão e do Instituto Médico Legal (IML) ao juiz corregedor permanente e distribuidor de 1ª instância da Justiça Militar do Estado.
Os documentos serão enviados também ao Ministério Público para tomada das providências cabíveis. A CNN tenta localizar a defesa dos estudantes envolvidos.
A Justiça fixou três medidas cautelares aos manifestantes, para que pudessem ser soltos. Eles deverão comparecer mensalmente em Juízo para informar e justificar suas atividades, bem como eventual atualização de endereço e não podem se ausentar da Comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação à Justiça.
Como foi a confusão
O tumulto aconteceu durante a análise do projeto de lei que cria escolas cívico-militares no estado de São Paulo, cuja autoria é do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e foi aprovado pelo plenário por 54 votos a 21.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma pessoa do grupo tentou invadir uma área restrita e, após o tumulto, oito pessoas foram detidas, entre elas, seis adultos e dois adolescentes.
Os estudantes foram levados à delegacia e foram ouvidos. Os menores foram liberados aos seus responsáveis, e os maiores liberados apenas após audiência de custódia. A Polícia Militar analisa as imagens da ação e toda denúncia será apurada.
Em nota, a Alesp disse que “manifestantes tentaram invadir o plenário Juscelino Kubitscheck da Assembleia Legislativa de São Paulo e os invasores foram contidos pela Polícia Militar e apresentados à Polícia Civil”.