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    Prazo judicial para Light normalizar energia na Rocinha termina hoje (20)

    Moradores da comunidade afirmam estar sem luz há mais de uma semana.

    Vinícius Bernardesda CNN

    O Tribunal de Justiça do Rio determinou, neste sábado (18), que a Light restabeleça o fornecimento de energia elétrica na comunidade da Rocinha em 48h, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. Moradores da comunidade estão sem luz há mais de uma semana. O prazo se encerra nesta segunda (20).

    A decisão, proferida pelo juiz Sandro Lucio Barbosa Pitassi, atende ao pedido da Defensoria Pública do Rio de Janeiro por meio de uma Ação Civil Pública.

    Diante das queixas referentes à falta de fornecimento de energia na Rocinha, que persistem há nove dias, a Defensoria do Rio, por meio do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), instaurou a ação cobrando o direito dos consumidores prejudicados com a interrupção do serviço de luz na região.

    “Em uma situação de calor extremo, deixar o povo da comunidade da Rocinha há tantos dias sem luz é um tratamento desumano contra a população vulnerabilizada que a Defensoria Pública não poderia aceitar calada”, afirmou o coordenador do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), Eduardo Chow de Martino Tostes.

    A determinação ressalta ainda que a falta de energia elétrica afeta o bem-estar e a saúde de milhares de moradores, destacando que a Light não tomou as providências mesmo após o pedido da Defensoria Pública.

    Na última quinta-feira (16), moradores da Rocinha fecharam a Autoestrada Lagoa-Barra, em ambos os sentidos, por quase duas horas, em forma de protesto.

    À CNN, a Light confirma que já foi notificada e que tem empenhado todos os esforços para resolver a situação.

    Segundo a concessionária, que atende 31 municípios do Rio de Janeiro e cerca de 11,6 milhões de consumidores, suas equipes têm se deslocado para a Rocinha, restabelecendo a energia para clientes que apresentam queixas.

    No entanto, a Light também destaca que um dos desafios para solucionar o problema é a sobrecarga na rede devido às ligações clandestinas, que chegam a atingir 84% das residências na comunidade.

    “Os equipamentos da distribuidora são configurados e instalados para atender aos clientes da companhia e acabam ficando sobrecarregados com a demanda irregular provocada por gatos e desligam, ocasionando as interrupções”, diz o comunicado.

    A empresa assegura que segue atuando diariamente na região e reforçando suas equipes para a execução dos reparos necessários